https://noticiabrasil.net.br/20240218/ex-eurodeputado-certa-elite-dos-eua-tentou-minar-a-russia-com-o-euromaidan-mas-falhou-33138399.html
Ex-eurodeputado: certa elite dos EUA tentou minar a Rússia com o Euromaidan, 'mas falhou'
Ex-eurodeputado: certa elite dos EUA tentou minar a Rússia com o Euromaidan, 'mas falhou'
Sputnik Brasil
Com o golpe de Estado de 2014 em Kiev, certa elite ocidental abertamente hostil a Moscou tentou enfraquecer a Rússia, mas não conseguiu, afirma o antigo... 18.02.2024, Sputnik Brasil
2024-02-18T10:39-0300
2024-02-18T10:39-0300
2024-02-18T11:09-0300
panorama internacional
análise
entrevista
rússia
europa
vladimir zelensky
ucrânia
alemanha
kiev
otan
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e8/02/12/33137287_0:0:2909:1637_1920x0_80_0_0_c1b9cb564a2cfa9002f8deef4de2e1ea.jpg
Em entrevista à Sputnik, o ex-eurodeputado Javier Couso falou sobre o Euromaidan — uma agitação pública convocada pelas redes sociais que em 2014 reuniu cerca de 2.000 ativistas da oposição ucraniana favoráveis à destituição do governo vigente e ao alinhamento e adesão da Ucrânia à União Europeia (UE). Segundo Javier Couso, o que está por trás deste acordo de associação entre a Ucrânia e a UE, tal como todo acordo de associação que o bloco europeu fez, tem muita interferência. De acordo com ele, as reformas políticas são sempre forçadas, e visavam afastar a Ucrânia da zona de influência da Rússia, o que tem sido feito em todo o espaço pós-soviético, através desses acordos de associação ou através da reorganização desse espaço por meio de movimentos intervencionistas e golpistas, que foram chamados de revoluções coloridas. Para o ex-parlamentar europeu, o ponto fundamental da ideologia das elites norte-americanas "não é apenas conter e enfraquecer a Rússia, mas até, como tem sido teorizado há muitas décadas, que a Rússia deve ser dividida em partes porque é demasiadamente grande e possui enormes riquezas naturais". Para o político, de 2014 a 2022, houve mais de 14.000 mortes devido a um ataque direto das Forças Armadas lideradas por estes grupos neonazistas contra regiões em Donbass que tinham se levantado contra este golpe de Estado, exigindo o seu direito de participar de uma Ucrânia diversa e de poder continuar mantendo sua língua nativa, como o russo. Desde então a situação na Ucrânia se mostrou um desafio para a política europeia. Os Acordos de Minsk, por exemplo, acabaram se mostrando uma cortina de fumaça para tentar evitar a derrota da Ucrânia em 2014 e facilitar o seu rearmamento, a fim de prolongar o conflito, em vez de pôr um fim na crise. Com toda a energia gasta com os Acordos de Misk, o ex-parlamentar acredita que os danos à credibilidade diplomática e à política internacional por parte da UE, sobretudo dos grandes países como França e Alemanha que desconsideraram parte da sua história para levar os arranjos adiante, foram consideráveis. O Ocidente continua fornecendo armas a Kiev sem pensar nas consequências das suas ações, e é possível que, mais cedo ou mais tarde, a UE tenha de pagar um preço muito alto pelos seus erros, mas, de acordo com o entrevistado, a intenção é claramente desgastar e conter a Rússia através da Ucrânia. "Portanto, o pior é que estamos vendo é que durante estes dois anos eles ultrapassaram repetidamente todas as linhas vermelhas que a Rússia tinha estabelecido e, estou falando dos ataques à Crimeia, da utilização de armas de longo alcance para atacar território russo ou a escalada nos sistemas de armas, que o que fizeram não foi reverter a guerra, mas a prolongaram e a tornaram ainda mais grave", disse Couso. "Obviamente, a Rússia terá de impedir que estas ameaças sejam eficazes perto da sua fronteira, além, claro, de proteger as populações que foram expulsas deste projeto ucraniano e que quiseram ser parte da Federação da Rússia, como foi demonstrado nos diferentes referendos", garantiu. Segundo a análise de Couso, tal como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que coloca as capacidades militares ocidentais sob o comando norte-americano, a União Europeia está sob o comando geopolítico norte-americano graças às elites que governam o bloco europeu. Ao fazerem a vontade de Washington, garantem que internamente podem fazer o que quiserem da política europeia, mesmo que às custas de sua autonomia soberana no cenário internacional. Após as 12 rodadas de sanções do bloco europeu que praticamente repercutiram contra a população europeia, vimos a UE dar um tiro no pé ao seguir os Estados Unidos cegamente, observou o político, lembrando especialmente que a Alemanha foi impedida de ter acesso ao fornecimento barato e confiável de gás natural da Rússia através dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 (Corrente do Norte 1 e 2), que posteriormente sofreram um ataque sem precedentes. "Por isso prevejo que haverá muita turbulência, não só na União Europeia, mas na OTAN porque esta guerra vai acabar e pelo que dizem todos os analistas será com uma vitória para a Rússia", garantiu o político em sua análise. "Ou seja, não terão conseguido o que pretendiam", mas para Couso certamente no futuro, após a resolução deste conflito na Ucrânia, a sobrevivência da UE e da Aliança Atlântica vão estar em risco.
https://noticiabrasil.net.br/20231126/russia-lamenta-elogios-de-von-der-leyen-ao-golpe-euromaidan-da-ucrania-diz-kremlin-31688210.html
https://noticiabrasil.net.br/20240203/macron-e-meloni-fizeram-ofensiva-de-seducao-para-orban-liberar-ajuda-da-ue-a-ucrania-diz-midia-32873590.html
ucrânia
alemanha
kiev
donbass
crimeia
espanha
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2024
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e8/02/12/33137287_75:0:2704:1972_1920x0_80_0_0_bc1c939b6e0ccb12119e973cb8db41f8.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
análise, entrevista, rússia, europa, vladimir zelensky, ucrânia, alemanha, kiev, otan, exército, nord stream, pyotr poroshenko, união europeia, geopolítica, operação militar especial, donbass, crimeia, euromaidan, parlamento europeu, espanha
análise, entrevista, rússia, europa, vladimir zelensky, ucrânia, alemanha, kiev, otan, exército, nord stream, pyotr poroshenko, união europeia, geopolítica, operação militar especial, donbass, crimeia, euromaidan, parlamento europeu, espanha
Ex-eurodeputado: certa elite dos EUA tentou minar a Rússia com o Euromaidan, 'mas falhou'
10:39 18.02.2024 (atualizado: 11:09 18.02.2024) Com o golpe de Estado de 2014 em Kiev, certa elite ocidental abertamente hostil a Moscou tentou enfraquecer a Rússia, mas não conseguiu, afirma o antigo eurodeputado Javier Couso. O político espanhol resumiu como a UE torpedeou a sua própria credibilidade e se deixou arrastar para a atual crise por causa dos interesses dos EUA.