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Kiev vê risco da Rússia romper defesa ucraniana até o verão europeu, diz mídia americana

© Evgeny BiyatovMilitares russos do destacamento voluntário de forças especiais VEGA participam de um treinamento de combate, no decorrer da operação militar russa na Ucrânia, na República Popular de Luhansk, Rússia, 22 de janeiro de 2024
Militares russos do destacamento voluntário de forças especiais VEGA participam de um treinamento de combate, no decorrer da operação militar russa na Ucrânia, na República Popular de Luhansk, Rússia, 22 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 29.02.2024
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A queda de Avdeevka e de vários povoados próximos está alimentando temores de que as defesas de Kiev possam não ser capazes de resistir, escreveu a Bloomberg nesta quinta-feira (29).
As autoridades ucranianas estão preocupadas com a possibilidade de os avanços russos ganharem um impulso significativo até o verão europeu, relata a mídia.
A agência diz que as avaliações da situação no campo de batalha estão a tornar-se cada vez mais sombrias, à medida que as forças ucranianas lutam para conter os ataques russos e ao mesmo tempo racionam o número de projéteis que podem disparar.
O pessimismo na Ucrânia tem vindo a aumentar há semanas enquanto o Exército ucraniano vê as forças russas tomarem a iniciativa na linha da frente, relata a agência. Além do avanço russo, Kiev enfrenta a paralisação da ajuda vital dos Estados Unidos retida no Congresso e uma baixa em seu contingente.

"A Ucrânia pode começar a perder a guerra neste ano", disse à agência Michael Kofman, especialista em Rússia e Ucrânia do Carnegie Endowment for International Peace, no podcast War on the Rocks.

O comandante-chefe ucraniano, Aleksandr Syrsky, afirmou na quinta-feira (28) que os erros dos comandantes da linha de frente agravaram os problemas enfrentados pelas defesas da Ucrânia em torno de Avdeevka, que foi capturada pelas forças russas neste mês. Syrsky informou que enviou mais tropas e munições para reforçar as posições ucranianas.
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky disse no domingo (25) que a escassez de munições está afetando a situação do campo de batalha, e alertou que a Rússia está planejando uma nova ofensiva na primavera ou no início do verão do Hemisfério Norte.
"Será difícil para nós nos próximos meses porque há flutuações nos EUA que têm impacto em alguns países, embora a União Europeia tenha mostrado que é capaz de ser um líder com o seu apoio", afirmou.
Em seu discurso na Assembleia Federal nesta quinta-feira (29), o líder russo Vladimir Putin repetiu que pretende atingir os objetivos traçados no início da operação na Ucrânia, os quais "se mantêm inalterados desde 2022".
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