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G20: Tesouro dos EUA muda discurso após países europeus rejeitarem plano para ativos da Rússia

© AFP 2023 / Nelson AlmeidaA secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, participa da reunião dos ministros das finanças do G20 em São Paulo, Brasil, em 29 de fevereiro de 2024
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, participa da reunião dos ministros das finanças do G20 em São Paulo, Brasil, em 29 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 01.03.2024
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No início desta semana, Janet Yellen disse que os "argumentos legais e morais são fortes" para usar os ativos russos, no entanto, ao encontrar resistência entre seus colegas europeus, Yellen mudou um pouco a retórica.
Há três dias, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, ofereceu o seu mais forte apoio público à ideia de liquidar cerca de US$ 282 bilhões (R$ 1,3 trilhão) em ativos congelados do Banco Central russo para utilizá-los na Ucrânia.

"É necessário e urgente que a nossa coligação encontre uma forma de desbloquear o valor destes ativos imobilizados para apoiar a resistência contínua da Ucrânia […]. Acredito que há fortes argumentos jurídicos, econômicos e morais internacionais para avançar", afirmou a secretária na terça-feira (27), citada pela AP News.

No entanto, na quinta-feira (29), a chefe do Tesouro desacelerou o discurso e disse que os "ativos da Rússia não substituem a ajuda à Ucrânia".
"Não vejo um verdadeiro substituto para o Congresso fornecer à Ucrânia a ajuda de que necessita neste ano. Não creio que alguém possa preencher essa lacuna", afirmou segundo a Bloomberg.
A secretária está no Brasil para atender à reunião do G20 em São Paulo. No evento, Yellen teve diversas reuniões bilaterais nas quais o uso dos ativos foi discutido com lideranças financeiras europeias. Contudo, os europeus estão em desacordo com o plano e emitiram declarações que rejeitavam a ação.
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A França e a Alemanha, junto ao Banco Central Europeu, manifestaram preocupação com a retaliação da Rússia contra ativos europeus em Moscou, e com o impacto na estabilidade financeira e no estatuto do euro como moeda de reserva – especialmente porque mais de dois terços dos ativos em questão estão na Europa.
O ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, foi claro ao declarar que não "havia base jurídica" para se usar os ativos.
De acordo com a Bloomberg, Yellen reconheceu as preocupações europeias. A secretária tenta cumprir uma meta estipulada pelo presidente Joe Biden de que o G7 avance nos planos de explorar ativos soberanos russos congelados até o momento em que os líderes se reunirem em junho.
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