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Operação militar especial russa
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Procura por munição para a Ucrânia impacta mercado e expõe fraqueza de Kiev, diz mídia

© Sputnik / Yevgeny Biyatov / Acessar o banco de imagensMunição de recarga no curso da operação militar especial russa na Ucrânia
Munição de recarga no curso da operação militar especial russa na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 06.03.2024
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Centenas de tchecos e um punhado de ucranianos estão trabalhando sem parar no leste da República Tcheca para transformar um conjunto de edifícios que remontam à Segunda Guerra Mundial em um centro de fornecimento de armas e munições à Ucrânia.
De acordo com a Reuters, a iniciativa da República Tcheca faz parte dos esforços da Europa para fornecer armas a Kiev para dar continuidade na guerra por procuração contra a Rússia, após a paralisação da ajuda militar dos EUA, que tem sido a espinha dorsal do apoio internacional.
Após dois anos de operação militar especial sem que o Ocidente tome medidas concretas na direção de uma saída negociada do conflito, a necessidade mais premente para a Ucrânia é munição de artilharia para manter suas posições na frente de batalha.
A União Europeia (UE), que juntamente com outros aliados ocidentais pretende manter o esforço de guerra de Kiev, sustentando o avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o Leste Europeu, lançou uma iniciativa em março de 2023 para entregar 1 milhão de projéteis de artilharia à Ucrânia no prazo de 12 meses.
Um ano depois, foram entregues pouco mais da metade desse número, de acordo com autoridades europeias, devido à falta de financiamento que amplie sua capacidade de produção.
Diante desta dificuldade, o governo tcheco e os Países Baixos têm desempenhado um papel central na tentativa de angariar financiamento entre parceiros e na elaboração de acordos com sua indústria de defesa.
O Grupo Tchecoslovaco (CSG) atua como fabricante e centro de compensação de munições — fabricando sistemas e veículos de defesa aérea, e fornecendo tanques, artilharia e projéteis de todo o mundo e renovando-os para a Ucrânia, enquanto aliados da Europa Ocidental pagam por grande parte do material.
Um militar russo de uma unidade antiaérea móvel carrega munição para uma metralhadora DShK na traseira de um caminhão UAZ enquanto está em serviço de combate para repelir ataques de veículos aéreos não tripulados ucranianos durante a operação militar especial da Rússia na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 27.02.2024
Operação militar especial russa
Países Baixos prometem mais de € 100 milhões para fornecer projéteis de artilharia à Ucrânia
Ainda segundo a Reuters, os membros da coligação que financiam as compras de curto prazo são o Reino Unido, Canadá, Dinamarca, República Tcheca e Estados Unidos, entre outros.
"Coletivamente, encontramos oportunidades em todo o mundo para encontrar munições em outros locais, fora da Europa", disse o coronel Simon Wouda, chefe da Força-Tarefa da Ucrânia nos Países Baixos à mídia, recusando-se a identificar esses locais.
Para cada projétil que a Ucrânia dispara ao longo das linhas de frente, a Rússia dispara entre cinco ou seis, segundo autoridades e analistas de defesa. Este desequilíbrio restringe a capacidade da Ucrânia de suprimir os ataques russos e fornecer cobertura para os seus próprios movimentos de tropas, além de ter impactado significativamente o mercado armamentista.
Em função da grande procura por munição para a Ucrânia, os preços subiram de US$ 700-1.200 (R$ 3.455-5.922) para US$ 2.800-3.200 (R$ 13.817-15.790), disseram fontes familiarizadas com o mercado à apuração.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmitry Kuleba, disse aos seus homólogos da UE que a Ucrânia precisava de 2,5 milhões de projéteis de artilharia neste ano, de acordo com o Financial Times — sugerindo uma necessidade diária de 7.000, mas a UE enviou apenas 400.000.
Enquanto a Ucrânia precisa contar com ajuda externa, a Rússia aumentou sua produção de armas e munições e pode manter uma cadência de tiro muito mais elevada do que a de Kiev.
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