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Israel diz na ONU que ajuda humanitária em Gaza cresceu e nega usar fome como 'arma de guerra'

© AP Photo / Hatem AliPalestinos desabrigados por conta dos bombardeios israelenses improvisam tendas em campo aberto em Rafah. Faixa de Gaza, 27 de fevereiro de 2024
Palestinos desabrigados por conta dos bombardeios israelenses improvisam tendas em campo aberto em Rafah. Faixa de Gaza, 27 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 07.03.2024
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Apesar das denúncias de pessoas ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU) do bloqueio de ajuda humanitária por Israel na Faixa de Gaza, a responsável pela missão do país em Genebra Yeela Cytrin negou nesta quinta-feira (7) que o país usa a fome como arma contra o enclave palestino.
A reação israelense na ONU se dá após relatores especiais da entidade denunciarem, na última terça-feira (5), que o país não cumpre as medidas temporárias determinadas pelo Tribunal Internacional, em meio à ação movida pela África do Sul que acusa Tel Aviv de genocídio. Além disso, o grupo afirmou que o Exército do país realiza ataques aos comboios humanitários e ainda disparam contra civis que buscam ajuda.
Na última semana, mais de 100 palestinos foram mortos pelos militares enquanto aguardavam a distribuição de alimentos na região oeste da cidade de Gaza. Na ocasião, a ONU se limitou a dizer que o ataque deveria ser investigado.
Conforme o ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad al-Maliki, cerca de meio milhão de pessoas na Faixa de Gaza enfrentam fome aguda.
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"Israel rejeita categoricamente as alegações de que está usando a fome como instrumento de guerra. Isso é uma mentira flagrante. Também rejeitamos todas as alegações de que Israel está atacando ajuda humanitária ou aqueles que a recebem. Mais uma vez, isso é uma mentira. Também reconhecemos que o povo palestino em Gaza precisa de ajuda humanitária e que devemos satisfazer constantemente suas necessidades", disse Yeela Cytrin durante a 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos.

Cytrin acrescentou que Israel não está limitando a quantidade de ajuda que entra em Gaza pela fronteira com o Egito, em Rafah, e atualmente está "cooperando 24 horas por dia" com organizações humanitárias e a comunidade internacional para aumentar o fluxo de ajuda, além de deixar a distribuição mais eficiente em Gaza.

"Desde o início do conflito em Gaza, 195 mil toneladas de alimentos chegaram em 9,2 mil caminhões. Ontem, 257 caminhões entraram em Gaza, transportando 3.940 toneladas de alimentos. Nas últimas duas semanas, Gaza tem recebido em média 240 caminhões por dia, um aumento de 46% em comparação com o que entrava em Gaza diariamente antes de 7 de outubro", assegurou a representante do país na ONU.

A representante israelense também relatou que, na última semana, mais de 550 remessas de ajuda humanitária foram entregues por via aérea e há previsão de outras nos próximos dias. Israel também está trabalhando com "parceiros" na reparação e reabertura de padarias em Gaza, "que atualmente estão fornecendo mais de 2,5 milhões de pães por dia à população local".
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"Israel continuará a fazer todo o possível para entregar mais ajuda a Gaza, e continuaremos a trabalhar com todos os parceiros para alcançar esse objetivo. Não temos a intenção de prejudicar o povo palestino ou submetê-lo à fome. Nossas únicas intenções são trazer nossos reféns para casa e eliminar a organização terrorista Hamas, que comete genocídio, declarou e demonstrou sua intenção de destruir Israel e seu povo", concluiu a diplomata.
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