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Mídia: ao buscar investimentos, governo Lula opera para abafar 'crise das joias' com Arábia Saudita
Mídia: ao buscar investimentos, governo Lula opera para abafar 'crise das joias' com Arábia Saudita
Sputnik Brasil
De olho em investimentos sauditas nos setores de minérios, agricultura e energia, governo Lula tentou abafar saia justa gerada pela administração anterior a... 07.03.2024, Sputnik Brasil
2024-03-07T13:20-0300
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Ao longo do ano passado, um dos casos envolvendo o governo Bolsonaro que mais teve protagonismo na mídia – e em investigações feitas pela Polícia Federal – foi a venda de joias dadas pela Arábia Saudita ao então presidente Jair Bolsonaro, as quais o mandatário tentou não declarar na alfândega e posteriormente as vender.Apesar do caso ainda estar sendo investigado, por uma determinação do governo Lula, a diplomacia brasileira está operando para neutralizar a crise instalada na relação bilateral com Riad por causa das joias.A meta foi "desintoxicar" os contatos para garantir que as promessas de fluxo de investimentos e de comércio pudessem se concretizar, abrindo um novo capítulo. De acordo com a coluna de Jamil Chade no UOL, da parte da diplomacia, a orientação foi a de deixar claro que esse não seria um assunto que dominaria a agenda nem pautaria a relação bilateral com os sauditas.No ano passado, as diferentes revelações sobre os presentes — e as tentativas de vendê-los — causaram um mal-estar doméstico e na região. Acostumados a distribuir presentes a chefes de Estado e de governo, os sauditas ficaram em uma saia justa com a descoberta de que houve uma tentativa de trazer os bens ao Brasil de forma ilegal, sem declará-los.Fontes em Riad confirmaram ao colunista que houve uma "incompreensão" por parte de membros do regime do príncipe Mohamed Bin Salman.Nos primeiros meses do governo Lula, contaminada por esse caso e pelas denúncias de graves violações de direitos humanos, Brasília hesitou em instalar um contato mais direto com os sauditas, relata a mídia.O presidente brasileiro chegou a cancelar um jantar que teria com o príncipe, em Paris, poucas horas antes do evento, em junho. O argumento oficial naquele momento da parte do Palácio do Planalto era a sobrecarga da agenda do presidente, relembrou a mídia.A aproximação, portanto, foi por etapas. Em meados de 2023, os sauditas foram ao Brasil com uma delegação liderada por um ministro e empresários. A reaproximação foi consolidada com uma visita do presidente Lula ao país, no final do ano passado. Estava aberto o caminho para retomar a agenda de investimentos, analisa o colunista.Nos primeiros meses do governo Bolsonaro, as autoridades de Brasília anunciaram com pompas a intenção dos sauditas de investir US$ 10 bilhões (R$ 49,3 bilhões) no Brasil em dez anos. Mas a equipe bolsonarista apresentou propostas que não atendiam aos interesses sauditas.O governo Lula, agora, retoma a negociação. A Embraer quer usar a Arábia Saudita como seu centro de produção para o Oriente Médio, enquanto delegações sauditas viajam ao Brasil nos próximos dias em busca de comprar participação em empresas de soja e milho.O Ministério do Investimento saudita também deve abrir um escritório em São Paulo até meados do ano, e a projeção é que o comércio bilateral cresça, relata a mídia.
https://noticiabrasil.net.br/20230306/governo-bolsonaro-tentou-trazer-joias-da-arabia-saudita-via-nada-a-declarar-na-alfandega-27952805.html
https://noticiabrasil.net.br/20231129/lula-quer-aumentar-relacoes-bilaterais-com-arabia-saudita-e-fala-em-investimentos-mutuos-video-31745443.html
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Mídia: ao buscar investimentos, governo Lula opera para abafar 'crise das joias' com Arábia Saudita
13:20 07.03.2024 (atualizado: 13:21 07.03.2024) De olho em investimentos sauditas nos setores de minérios, agricultura e energia, governo Lula tentou abafar saia justa gerada pela administração anterior a fim de trazer negócios sauditas para o Brasil.
Ao longo do ano passado, um dos
casos envolvendo o governo Bolsonaro que mais teve protagonismo na mídia – e em investigações feitas pela Polícia Federal – foi a venda de joias dadas pela Arábia Saudita ao então presidente
Jair Bolsonaro, as quais o mandatário tentou não declarar na alfândega e posteriormente as vender.
Apesar do caso ainda estar sendo investigado, por uma determinação do governo Lula, a diplomacia brasileira está operando para neutralizar a crise instalada na relação bilateral com Riad por causa das joias.
A
meta foi "desintoxicar" os contatos para garantir que as promessas de fluxo de investimentos e de comércio pudessem se concretizar, abrindo um novo capítulo. De
acordo com a coluna de Jamil Chade no UOL, da parte da diplomacia, a orientação foi a de deixar claro que esse
não seria um assunto que dominaria a agenda nem pautaria a relação bilateral com os sauditas.
No ano passado, as diferentes revelações sobre os presentes —
e as tentativas de vendê-los — causaram um mal-estar doméstico e na região. Acostumados a distribuir presentes a chefes de Estado e de governo, os sauditas
ficaram em uma saia justa com a descoberta de que houve uma tentativa de trazer os bens ao Brasil de forma ilegal, sem declará-los.
Fontes em Riad confirmaram ao colunista que houve uma "incompreensão" por parte de membros do regime do príncipe Mohamed Bin Salman.
Nos primeiros meses do governo Lula, contaminada por esse caso e pelas denúncias de graves violações de direitos humanos,
Brasília hesitou em instalar um contato mais direto com os sauditas, relata a mídia.
O presidente brasileiro chegou a cancelar um jantar que teria com o príncipe, em Paris, poucas horas antes do evento, em junho. O argumento oficial naquele momento da parte do Palácio do Planalto era a sobrecarga da agenda do presidente, relembrou a mídia.
A aproximação, portanto, foi por etapas. Em meados de 2023, os sauditas foram ao Brasil com uma delegação liderada por um ministro e empresários. A reaproximação foi consolidada com uma visita do presidente Lula ao país, no final do ano passado. Estava aberto o caminho para retomar a agenda de investimentos, analisa o colunista.
29 de novembro 2023, 07:51
Nos primeiros meses do governo Bolsonaro, as autoridades de Brasília anunciaram com pompas a intenção dos sauditas de investir US$ 10 bilhões (R$ 49,3 bilhões) no Brasil em dez anos. Mas a equipe bolsonarista apresentou propostas que não atendiam aos interesses sauditas.
O governo Lula, agora, retoma a negociação. A Embraer quer usar a
Arábia Saudita como seu centro de produção para o Oriente Médio, enquanto delegações sauditas viajam ao Brasil nos próximos dias em busca de comprar participação em empresas de soja e milho.
O Ministério do Investimento saudita também deve abrir um escritório em São Paulo até meados do ano, e a projeção é que o comércio bilateral cresça, relata a mídia.