Orçamento militar da Alemanha para 2025 carece de até € 4,5 bilhões, diz ministro da Defesa
10:35 10.03.2024 (atualizado: 10:45 10.03.2024)
© AP Photo / Mindaugas Kulbis
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O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, alertou o governo sobre um déficit de € 4,5 bilhões a € 6 bilhões (cerca de R$ 24,5 bilhões a R$ 32,6 bilhões) no orçamento da Bundeswehr (Forças Armadas) do país para 2025, informou o jornal alemão Bild.
O Ministério da Economia alemão orçou € 52 bilhões (aproximadamente R$ 283,1 bilhões) para gastos com defesa para o próximo ano, o que ainda não é suficiente para a meta de gastos com defesa de 2% do produto interno bruto (PIB), segundo artigo publicado no sábado (9). Este montante é suficiente apenas para custos operacionais, como salários dos soldados, aquecimento de quartéis e reparação de equipamentos, restando apenas € 500 milhões (mais de R$ 2,7 bilhões) para investimento no desenvolvimento de novas armas, diz o relatório.
Um dos projetos da Bundeswehr cujo financiamento ainda está em questão é o destacamento de uma brigada pronta para o combate na Lituânia, que exigiria € 5 bilhões (cerca de R$ 27,2 bilhões), mas ainda não foram atribuídos fundos para isso, acrescenta o relatório.
No dia 31 de janeiro, o Ministério da Defesa alemão disse que a Alemanha cumpriria a meta de gastos com defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de 2% do PIB nacional em 2024, pela primeira vez desde o início da década de 1990.
Em dezembro de 2022, Pistorius e o ministro da Defesa Nacional da Lituânia, Arvydas Anusauskas, assinaram em Vilnius um plano de ação para o envio de uma brigada da Bundeswehr da Lituânia até 2027, com a chegada de até 5.000 soldados alemães com as suas famílias à Lituânia.
Em junho de 2022, o parlamento alemão apoiou a iniciativa do chanceler Olaf Scholz de criar um fundo especial para a Bundeswehr no valor de € 100 bilhões (cerca de R$ 544,4 bilhões), para que as Forças Armadas alemãs pudessem ser consideradas o maior Exército regular da Europa após a modernização. Scholz citou o início do conflito na Ucrânia como a razão para os investimentos, descrevendo-o como um ponto de virada na situação de segurança na Europa.
