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Chanceler da Hungria diz que manutenção de laços com a Rússia é resultado da 'boa política externa'

© AP Photo / Denes ErdosGuardas de honra húngaros içam a bandeira nacional em frente ao edifício do Parlamento, em Budapeste. Hungria, 15 de março de 2023
Guardas de honra húngaros içam a bandeira nacional em frente ao edifício do Parlamento, em Budapeste. Hungria, 15 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 11.03.2024
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Na contramão da maioria dos países da União Europeia (UE), que em alinhamento aos Estados Unidos reduziram as relações com Moscou nos últimos anos, o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, afirmou que a preservação dos laços com a Rússia é um resultado bem-sucedido da política externa do país.
Além disso, Szijjarto considera a parceria com a Rússia crucial para garantir o abastecimento energético da Hungria. Nos demais países da Europa, como retaliação ao conflito na Ucrânia, houve uma brusca queda da compra do gás russo, que é mais barato, o que levou ao aumento da inflação no continente.

"A política externa húngara no ano passado atendeu às expectativas, pois conseguimos nos manter à margem da guerra, permanecemos do lado da paz, apesar da enorme pressão internacional, e conseguimos manter as relações com a Rússia, que são sem dúvida necessárias para o fornecimento de energia para a indústria e a população húngaras", disse Szijjarto.

O ministro declarou ainda que frequentemente enfrenta críticas por se comunicar com políticos russos, mas continua a manter laços com Moscou "porque é o ministro das Relações Exteriores" e não considera um grande feito na diplomacia apenas se comunicar com aqueles com quem concorda totalmente ou quase totalmente.
Anteriormente, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou que se orgulha da estratégia pacífica de Budapeste, que inclui o diálogo com a Rússia, e considera que ela é benéfica para a Europa.
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Já Peter Szijjarto afirmou que os aliados da UE e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tentaram convencer a Hungria a não se reunir com representantes da Rússia e de Belarus durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
No entanto, Budapeste acredita que esse comportamento leva a um impasse e não contribui para a busca de soluções pacíficas para os conflitos. Em junho do ano passado, Szijjarto informou ainda que mantém contatos com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para preservar a chance de uma solução na Ucrânia.
O ministro húngaro também aconselhou repetidamente aos países da UE e da OTAN não fecharem os canais de comunicação com a Rússia, já que a paz só pode ser alcançada por meio do diálogo.
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