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Quase 60% dos alemães não pegariam em armas para defender o país de jeito nenhum, aponta pesquisa

© Stefanie Loos O chanceler alemão, Olaf Scholz, participa de conferência de imprensa com a comissária federal para Migração, Refugiados e Integração, após reunião com representantes de organizações de migrantes e redes de pessoas com histórico de imigração. Berlim, 5 de fevereiro de 2024
O chanceler alemão, Olaf Scholz, participa de conferência de imprensa com a comissária federal para Migração, Refugiados e Integração, após reunião com representantes de organizações de migrantes e redes de pessoas com histórico de imigração. Berlim, 5 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 19.03.2024
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Uma pesquisa aponta que 57% dos alemães não pegariam em armas contra uma potencial invasão inimiga. O trabalho, divulgado pela Civey para a revista alemã Focus nesta terça-feira (19), aponta ainda que, deste total, 44% disseram que não pegariam em armas '"sob nenhuma circunstância".
Somente 32% disseram estar pessoalmente dispostas a pegar em armas e "participar ativamente de operações de combate defensivas" se a nação for atacada e 11% se mostraram indecisos.
Além disso, a maioria dos entrevistados disse que tem pouca ou nenhuma confiança no Exército nacional de defender a nação em caso de ataque, de acordo com a nova pesquisa.
Cerca de 30% não têm "nenhuma confiança" de que o Exército seria capaz de enfrentar um adversário em potencial, apontou o levantamento. Outros 45% têm "pouca confiança" no exército, com 15% indecisos.
Ao todo, 10% expressaram confiança nas Forças Armadas, sendo que 2% disseram que sua confiança é "muito alta" e 8% disseram que é "bastante alta".
Em termos de financiamento, 69% dos alemães acham que o Exército precisa de mais dinheiro. Outros 64% acreditam que Berlim deveria gastar mais de 2% do seu PIB em defesa nacional.
O ministro da Defesa, Boris Pistorius, argumentou em novembro passado que a Bundeswehr precisa de atualização completa para se tornar "capaz de travar uma guerra". De acordo com a pesquisa, cerca de 73% dos alemães concordam com Pistorius e 64% apoiam a reintrodução do serviço militar obrigatório, que foi abolido em 2011.
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A pesquisa Focus foi realizada entre 11 e 13 de março com 5 mil alemães com idades acima de 18 anos.
A comissária parlamentar para a Bundeswehr, Eva Hoegl, apresentou recentemente um relatório anual sobre o estado das Forças Armadas, que indicou que o Exército ainda sofre com o encolhimento de suas fileiras e equipamentos inadequados.

"A Bundeswehr está envelhecendo e diminuindo", afirmou a comissária na semana passada, acrescentando que a taxa de desistência no Exército ainda é muito alta, enquanto o número de novas inscrições é ainda menor do que no ano passado.

As carências de pessoal e equipamento têm sido destacadas enquanto a Alemanha continua a fornecer ajuda militar ativa à Ucrânia em seu conflito com a Rússia.
Berlim emergiu como o segundo maior doador de ajuda militar, gastando cerca de US$ 19 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) em armas para Kiev, de acordo com o Instituto Kiel de Economia Mundial.
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