Produção de munições na Ucrânia? Analista explica por que isso é desculpa para retirada do Ocidente
04:33 22.03.2024 (atualizado: 10:21 22.03.2024)
© AP Photo / Sven KaestnerTrabalhador da fábrica Spreewerk Luebben Mirko Kossatz desmantela cartuchos de munições de fragmentação, Alemanha
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A organização da produção de munições de calibre 155 mm na Ucrânia não faz sentido e não é mais do que uma desculpa para a retirada do Ocidente, escreve o ex-fuzileiro naval dos EUA e analista geopolítico independente Brian Berletic na rede social X (antigo Twitter).
"Esta é uma grande desculpa para reduzir os gastos e abandonar a Ucrânia. […] Qualquer produção de projéteis de artilharia na Ucrânia só é possível em uma escala que não será suficiente para atender às necessidades das Forças Armadas da Ucrânia", destacou o ex-militar.
O especialista chamou a atenção para o fato de que o Ocidente não é capaz de cobrir os gastos de munições das forças ucranianas e não conseguirá aumentar suas capacidades nem mesmo até o final de 2025.
"Alguém acredita que […] a Ucrânia será capaz no meio da guerra de iniciar a produção sem qualquer base (e mantendo-a escondida dos mísseis russos de alguma forma desconhecida)?", indaga Berletic.
Nesta quarta-feira (20), o jornal norte-americano The Washington Post relatou (citando fontes do Ukroboronprom - consórcio de empresas da indústria militar na Ucrânia), que Kiev poderia começar a produzir projéteis de 155 mm até o final de 2024. Ao mesmo tempo, de acordo com a notícia, a indústria de defesa carece de alocações orçamentárias, e as empresas têm grandes problemas em encontrar pólvora para munição.