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Visita de Lavrov à China fortalecerá ainda mais a relação com a Rússia 'apesar da pressão dos EUA'

© Sputnik / Pavel BednyakovO ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, apertam as mãos durante sua reunião à margem da cúpula dos líderes do G20 em Bali, Indonésia, 15 de novembro de 2022
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, apertam as mãos durante sua reunião à margem da cúpula dos líderes do G20 em Bali, Indonésia, 15 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 08.04.2024
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A visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, à China, nesta segunda-feira (8) pode reforçar a parceria estratégica entre ambas as nações, bem como preparar a visita do presidente Vladimir Putin ao país vizinho.
"Quando o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, chegou à China nesta segunda-feira (8) para uma visita oficial, muitos analistas disseram que a parceria estratégica Rússia-China sairia ainda mais fortalecida, apesar da pressão dos Estados Unidos", afirmou o Global Times.
A convite do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, Lavrov visita oficialmente a China entre 8 e 9 de abril, conforme anunciado anteriormente pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning.
Segundo a mídia chinesa, as autoridades do país explicaram que os dois lados trocarão pontos de vista e coordenarão posições sobre o desenvolvimento dos laços bilaterais, a cooperação em diferentes domínios e questões internacionais de interesse comum.
Há a expectativa que o encontro entre as autoridades dos dois países seja o preâmbulo de uma visita oficial do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
No mês passado, a Reuters informou que Putin viajaria para a China em maio, naquela que poderá ser a primeira viagem do chefe do Kremlin ao estrangeiro em seu novo mandato presidencial, conquistado em meados de março.
Li Haidong, professor da Universidade de Relações Exteriores da China, disse ao Global Times que Sergei Lavrov poderia discutir algumas questões urgentes e polêmicas com a China, como a crise da Ucrânia e a cooperação antiterrorista.
A mídia chinesa lembrou que a Rússia acaba de sofrer um ataque terrorista em Moscou, ocorrido no dia 22 de março. No mesmo mês, engenheiros chineses no Paquistão também foram atacados por terroristas da região, razão pela qual, segundo analistas, tanto a China como a Rússia partilham preocupações comuns sobre o terrorismo.
Além da importância política das relações entre a Rússia e a China, que estão prestes a completar 75 anos, o intercâmbio comercial também é muitíssimo importante para os dois países, tendo crescido quase dois dígitos nos primeiros meses do ano.
O comércio entre a China e a Rússia registrou um crescimento de 9,3% em termos anuais nos primeiros dois meses de 2024, informou a Administração Geral das Alfândegas.
O comércio bilateral em janeiro e fevereiro deste ano atingiu US$ 37,01 bilhões (R$ 185,99 bilhões), 9,3% acima do mesmo período de 2023, segundo dados divulgados no dia 7 de março. Enquanto isso, as exportações chinesas para a Rússia aumentaram 12,5%, para US$ 16,808 bilhões (R$ 84,47 bilhões).
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Presença dos EUA na China

Segundo o Global Times, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, também está visitando a China enquanto o ministro das Relações Exteriores da Rússia mantém reuniões com autoridades do gigante asiático.
No âmbito da sua visita ao país asiático, a responsável norte-americana alertou que as empresas chinesas poderão enfrentar "consequências significativas" se fornecerem apoio material à Rússia no conflito contra a Ucrânia, alertou um comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA.
O Ministério das Relações Exteriores chinês, por sua vez, disse em resposta ao Departamento do Tesouro dos EUA que a posição da China é muito clara e que sempre fez esforços construtivos de mediação para parar o conflito.
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