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Meteorologista: onda de calor no Sudeste ampliou tragédia no RS
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O Rio Grande do Sul enfrenta uma catástrofe humanitária sem precedentes após chuvas torrenciais desencadearem grandes inundações, que já resultaram na morte de... 07.05.2024, Sputnik Brasil
2024-05-07T15:22-0300
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Entre os fatores que fizeram o estado sofrer a maior tragédia ambiental de sua história nos últimos dias, está o fenômeno do El Niño, potencializado pela onda de calor na região Sudeste, que deverá continuar a impedir que nuvens sobre o Rio Grande do Sul se dissipem.Desirée Brandt, meteorologista e sócia-executiva da Nottus, uma consultoria especializada em meteorologia, ressalta a combinação de fatores que resultou na situação que tem atingido sobretudo a Região Metropolitana do Rio Grande do Sul e suas adjacências.Na capital, Porto Alegre, mais de 70% da cidade chegou a ficar sem fornecimento de água, e áreas mais baixas seguem submersas. O principal aeroporto do estado seguirá fechado até o fim de maio.Em entrevista aos jornalistas Thaiana de Oliveira e Maurício Bastos, do podcast Jabuticaba Sem Caroço, a meteorologista ressalta que a persistência do El Niño, ampliado pelo aquecimento global, é um dos principais impulsionadores das chuvas intensas na região Sul.Apesar de estar enfraquecendo, o fenômeno ainda mantém sua influência sobre o clima, "aumentando significativamente a frequência e a intensidade das chuvas". Ela afirma que os modelos de previsão inicialmente não previam volumes tão extremos de chuva, indicando "uma situação sem precedentes".A meteorologista comenta que a quantidade de chuva registrada foi extraordinária, com acumulados superando drasticamente as médias sazonais. Ela comparou os volumes de chuva recentes com eventos passados, enfatizando a "gravidade da situação atual". "Qualquer chuva neste momento, além de manter os problemas, atrapalha a recuperação das áreas."Segundo ela, as mudanças climáticas têm impactado em tais ocorrências. Brandt destaca que fenômenos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes devido ao aquecimento global. "Mesmo fenômenos climáticos aparentemente fracos, como o El Niño, podem ter efeitos devastadores em um planeta mais quente."Na quarta-feira (8), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê a formação de um ciclone extratropical que, de forma rápida, se deslocará para o oceano, e vai estender uma frente fria, que cruza o Rio Grande do Sul e traz instabilidade às demais áreas do estado. "Isso pode agravar ainda mais os problemas de inundação e dificultar os esforços de recuperação e resgate."No entanto, segundo ela, está prevista que uma área de alta pressão na semana seguinte pode quebrar o padrão atual, trazendo consigo um clima mais frio para a região. "Essa área de alta pressão vai ser a salvadora da pátria", afirma.Como fica a previsão do tempo para outras regiões?A situação no Sul não está isolada, pois os padrões climáticos em diferentes regiões estão interligados, segundo Brandt. "A atmosfera funciona como uma engrenagem", diz, explicando que onde há chuvas intensas, áreas adjacentes podem enfrentar períodos de seca e temperaturas mais altas, e vice-versa.Enquanto o Sul se prepara para mais chuvas, outras partes do país, como o Sudeste, enfrentam uma onda de calor persistente. "A expectativa é de onda de calor nos próximos dias", o que exige precauções contra a desidratação e atividades ao ar livre durante os períodos de baixa umidade relativa do ar.O Inmet emitiu um alerta de grande perigo para a onda de calor até quinta-feira (9), no Rio de Janeiro, parte de São Paulo, sul do Espírito Santo e Minas Gerais, norte do Paraná, todo o estado do Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e Mato Grosso.A previsão é de tempo quente e seco, exceto em áreas do nordeste de Minas Gerais e norte do Espírito Santo, onde deve ocorrer chuvas rápidas e passageiras.Já em Itapetininga, litoral sul paulista, Região Metropolitana de São Paulo, Vale do Paraíba paulista, o alerta de onda de calor é de perigo potencial.Qual foi a ajuda do governo para o Rio Grande do Sul?Para amparar ações emergenciais no Rio Grande do Sul, o governo federal, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta segunda-feira (6) a liberação antecipada de R$ 580 milhões em emendas parlamentares para 448 cidades.A maior parte dos recursos será usada na saúde pública gaúcha. Conforme o secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), André Ceciliano, os valores começam a ser liberados nos próximos dias.O governador Eduardo Leite (PSDB) pediu a suspensão das parcelas dos débitos com o governo federal para liberar cerca de R$ 3,5 bilhões do caixa do estado. Embora outros estados do Sul e do Sudeste queiram renegociar as dívidas com a União, é previsto que o Rio Grande do Sul receberá prioridade no momento.Além disso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que o governo federal deve liberar, no total, R$ 1,06 bilhão de emendas parlamentares para socorrer a região.
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Meteorologista: onda de calor no Sudeste ampliou tragédia no RS
15:22 07.05.2024 (atualizado: 20:15 07.05.2024) Especiais
O Rio Grande do Sul enfrenta uma catástrofe humanitária sem precedentes após chuvas torrenciais desencadearem grandes inundações, que já resultaram na morte de de 95 pessoas, em mais de 100 desaparecidos e milhares de desabrigados.
Entre os fatores que fizeram o estado sofrer a maior tragédia ambiental de sua história nos últimos dias, está o fenômeno do El Niño, potencializado pela onda de calor na região Sudeste, que deverá continuar a impedir que nuvens sobre o Rio Grande do Sul se dissipem.
Desirée Brandt, meteorologista e sócia-executiva da Nottus, uma consultoria especializada em meteorologia, ressalta a combinação de fatores que resultou na situação que tem atingido sobretudo a Região Metropolitana do Rio Grande do Sul e suas adjacências.
Na capital,
Porto Alegre, mais de 70% da cidade chegou a ficar sem fornecimento de água, e áreas mais baixas seguem submersas.
O principal aeroporto do estado seguirá fechado até o fim de maio.
Em entrevista aos jornalistas Thaiana de Oliveira e Maurício Bastos, do podcast Jabuticaba Sem Caroço, a meteorologista ressalta que a persistência do El Niño, ampliado pelo aquecimento global, é um dos principais impulsionadores das chuvas intensas na região Sul.
Apesar de estar enfraquecendo, o fenômeno ainda mantém sua influência sobre o clima, "aumentando significativamente a frequência e a intensidade das chuvas". Ela afirma que os modelos de previsão inicialmente não previam volumes tão extremos de chuva, indicando "uma situação sem precedentes".
"Se olharmos apenas a configuração do El Niño, dizemos que é um fenômeno fraco. Mas por que ele ainda está provocando grandes efeitos no Brasil? Porque ele está embebido em um planeta mais aquecido. Se a gente olha para todos os outros oceanos do planeta, a maior parte deles está com a temperatura acima da média."
A meteorologista comenta que
a quantidade de chuva registrada foi extraordinária, com acumulados superando drasticamente as médias sazonais. Ela comparou os volumes de chuva recentes com eventos passados, enfatizando a "gravidade da situação atual". "Qualquer chuva neste momento, além de manter os problemas, atrapalha a recuperação das áreas."
"Esses sistemas provocadores de chuva ficam estacionados em cima do Rio Grande do Sul. Então forma-se uma área de baixa pressão, que não consegue avançar e segue provocando chuva. […] esse é um dos grandes fatores, essa barreira [no Sudeste] que tem impedido o avanço desses sistemas. Além disso, nós temos também um corredor de umidade proveniente da Amazônia, voltado para as áreas mais ao Sul do Brasil. E esse corredor de umidade acaba alimentando esses sistemas."
Segundo ela, as mudanças climáticas têm impactado em tais ocorrências. Brandt destaca que fenômenos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes devido ao aquecimento global. "Mesmo fenômenos climáticos aparentemente fracos, como o El Niño, podem ter efeitos devastadores em um planeta mais quente."
Na quarta-feira (8), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê a formação de um ciclone extratropical que, de forma rápida, se deslocará para o oceano, e vai estender uma frente fria, que cruza o Rio Grande do Sul e traz instabilidade às demais áreas do estado. "Isso pode agravar ainda mais os problemas de inundação e dificultar os esforços de recuperação e resgate."
No entanto, segundo ela, está prevista que uma área de alta pressão na semana seguinte pode quebrar o padrão atual, trazendo consigo um clima mais frio para a região. "Essa área de alta pressão vai ser a salvadora da pátria", afirma.
Como fica a previsão do tempo para outras regiões?
A situação no Sul não está isolada, pois os padrões climáticos em diferentes regiões estão interligados, segundo Brandt. "A atmosfera funciona como uma engrenagem", diz, explicando que onde há chuvas intensas, áreas adjacentes podem enfrentar períodos de seca e temperaturas mais altas, e vice-versa.
Enquanto o Sul se prepara para mais chuvas, outras partes do país, como o Sudeste, enfrentam uma onda de calor persistente. "A expectativa é de onda de calor nos próximos dias", o que exige precauções contra a desidratação e atividades ao ar livre durante os períodos de baixa umidade relativa do ar.
O Inmet emitiu um alerta de grande perigo para a onda de calor até quinta-feira (9), no Rio de Janeiro, parte de São Paulo, sul do Espírito Santo e Minas Gerais, norte do Paraná, todo o estado do Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e Mato Grosso.
A previsão é de tempo quente e seco, exceto em áreas do nordeste de Minas Gerais e norte do Espírito Santo, onde deve ocorrer chuvas rápidas e passageiras.
Já em Itapetininga, litoral sul paulista, Região Metropolitana de São Paulo, Vale do Paraíba paulista, o alerta de onda de calor é de perigo potencial.
Qual foi a ajuda do governo para o Rio Grande do Sul?
Para amparar ações emergenciais no Rio Grande do Sul,
o governo federal, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta segunda-feira (6) a liberação antecipada de R$ 580 milhões em emendas parlamentares para 448 cidades.
A maior parte dos recursos será usada na saúde pública gaúcha. Conforme o secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), André Ceciliano, os valores começam a ser liberados nos próximos dias.
O governador Eduardo Leite (PSDB) pediu a suspensão das parcelas dos débitos com o governo federal para liberar cerca de R$ 3,5 bilhões do caixa do estado. Embora outros estados do Sul e do Sudeste queiram renegociar as dívidas com a União, é previsto que o Rio Grande do Sul receberá prioridade no momento.
Além disso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que o governo federal deve liberar, no total, R$ 1,06 bilhão de emendas parlamentares para socorrer a região.
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