Mídia: Blinken emitirá relatório crítico a Israel, mas manterá silêncio sobre violações legais
07:50 10.05.2024 (atualizado: 09:36 10.05.2024)
© AP Photo / Ng Han GuanAntony Blinken, secretário de Estado dos EUA, dá coletiva de imprensa no Centro Americano de Pequim, na Embaixada dos EUA em Pequim, China, 19 de junho de 2023
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, deve apresentar ao Congresso um relatório "altamente crítico" a Israel nesta sexta-feira (10), mas vai se abster de fazer quaisquer acusações de possíveis violações do direito internacional na Faixa de Gaza, informou o Axios, citando três autoridades norte-americanas.
O Departamento de Estado dos EUA está estudando o uso de armas por Israel e seis outras nações que participam em vários conflitos armados, de acordo com um novo Memorando de Segurança Nacional dos EUA, informou o portal de notícias. Se Washington descobrir quaisquer violações da legislação humanitária internacional por parte destes países, poderá decidir suspender a assistência militar a eles, afirma a apuração.
Como parte do processo, Blinken teria sido instruído a estudar uma série de incidentes relacionados com as ações de Israel no conflito de Gaza. O secretário de Estado dos EUA provavelmente não deve se conter em suas críticas ao Estado judeu, mas não chegará a concluir que Israel alegadamente violou o direito internacional no contexto do memorando de segurança nacional dos EUA, afirma o relatório.
Na segunda-feira (6), Israel iniciou uma operação militar nas partes orientais de Rafah e assumiu o controle do lado de Gaza na passagem de fronteira de Rafah com o Egito. A decisão ocorreu apesar do movimento palestino Hamas ter concordado com os termos de um acordo de cessar-fogo proposto por Egito e Catar. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu considerou o acordo inaceitável. Acredita-se que mais de um milhão de pessoas estejam abrigadas em Rafah.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque com foguetes em grande escala contra Israel e rompeu a fronteira da Faixa de Gaza, atacando bairros civis e bases militares. Quase 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 sequestradas durante o ataque. Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio total de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Mais de 34.900 pessoas foram mortas até agora por ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais. Acredita-se que mais de 100 reféns ainda estejam detidos pelo Hamas em Gaza.