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Suspensão do fornecimento de mísseis dos EUA a Israel é manobra política de Biden, diz especialista
Suspensão do fornecimento de mísseis dos EUA a Israel é manobra política de Biden, diz especialista
Sputnik Brasil
Apesar do governo dos EUA ter decidido suspender temporariamente o fornecimento de armamentos a Israel, especialistas defenderam à Sputnik que a medida é... 10.05.2024, Sputnik Brasil
2024-05-10T23:48-0300
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Na última quarta-feira (8), o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, confirmou a suspensão do fornecimento de armas a Israel, porém enfatizou que a medida é para um lote específico de assistência militar. Mais tarde, Biden afirmou em uma entrevista à CNN que interromperia o envio de bombas aéreas e projéteis de artilharia aos israelenses caso a operação militar na Faixa de Gaza se expandisse para a cidade de Rafah. No entanto, os EUA continuarão a fornecer a Tel Aviv sistemas de defesa aérea e outros armamentos de caráter defensivo, assegurou Biden.Ex-embaixador britânico em Damasco e especialista em Oriente Médio, Peter Ford afirmou à Sputnik que a decisão de restringir fornecimentos militares a Israel é um gesto "falso" do presidente norte-americano. Ford destacou ainda que o objetivo da suspensão é "acalmar" a opinião pública indignada. Desde outubro, mais de 34 mil pessoas já morreram, segundo dados palestinos, por conta do conflito promovido por Israel, que tem como principal aliado os EUA.O especialista acrescentou que o efeito prático da suspensão do fornecimento de bombas de 908 quilos para o Estado judeu será "insignificante": "Israel tem um estoque suficiente de bombas e não precisa de mais desse repugnante armamento".O analista político e jornalista Sam Husseini, por sua vez, considerou à Sputnik a suspensão do fornecimento de munições como um gesto medíocre, já que o apoio dos EUA a Israel continua sem limites.O ex-analista da CIA Philip Giraldi também classificou à Sputnik que a suspensão de alguns fornecimentos militares é um gesto simbólico diante das próximas eleições, previstas para novembro, quando Biden deve enfrentar o ex-presidente republicano Donald Trump.Já o ex-embaixador dos EUA na Arábia Saudita, Chas Freeman, observou à Sputnik que a suspensão do fornecimento de munições pesadas foi uma resposta "relutante" à insatisfação eleitoral, incluindo entre os jovens. No entanto, o especialista enfatizou que a medida veio "tarde demais" para reconquistar a simpatia dos eleitores. "Isso deve ser visto mais como um truque político do que como uma mudança de política", defendeu.
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Suspensão do fornecimento de mísseis dos EUA a Israel é manobra política de Biden, diz especialista
23:48 10.05.2024 (atualizado: 08:23 11.05.2024) Apesar do governo dos EUA ter decidido suspender temporariamente o fornecimento de armamentos a Israel, especialistas defenderam à Sputnik que a medida é "truque político" e "manobra pré-eleitoral" do presidente Joe Biden, que disputa a reeleição em novembro. Na ONU, o país votou contra a resolução que abre caminho para a Palestina na entidade.
Na última quarta-feira (8), o
chefe do Pentágono, Lloyd Austin, confirmou a suspensão do fornecimento de armas a Israel, porém enfatizou que a medida é para
um lote específico de assistência militar. Mais tarde, Biden
afirmou em uma entrevista à CNN que interromperia o envio de bombas aéreas e projéteis de artilharia aos israelenses caso a
operação militar na Faixa de Gaza se expandisse para a cidade de Rafah. No entanto, os EUA continuarão a fornecer a Tel Aviv sistemas de defesa aérea e outros armamentos de caráter defensivo, assegurou Biden.
Ex-embaixador britânico em Damasco e especialista em Oriente Médio, Peter Ford afirmou à Sputnik que a
decisão de restringir fornecimentos militares a Israel é um
gesto "falso" do presidente norte-americano. Ford destacou ainda que o objetivo da suspensão é "acalmar" a opinião pública indignada. Desde outubro, mais de 34 mil pessoas já morreram, segundo dados palestinos, por conta do conflito promovido por Israel, que tem como principal aliado os EUA.
O especialista acrescentou que o efeito prático da suspensão do fornecimento de bombas de 908 quilos para o Estado judeu será "insignificante": "Israel tem um estoque suficiente de bombas e não precisa de mais desse repugnante armamento".
O analista político e jornalista Sam Husseini, por sua vez, considerou à Sputnik a suspensão do fornecimento de munições como um gesto medíocre, já que o apoio dos EUA a Israel continua sem limites.
"Isso pode ser um movimento pré-eleitoral, dado o quão impopular é o apoio de Biden ao genocídio israelense entre o público, especialmente entre os democratas. Ele precisa fingir que está se distanciando de Netanyahu", resumiu Husseini.
O ex-analista da CIA Philip Giraldi também classificou à Sputnik que a suspensão de alguns fornecimentos militares é um gesto simbólico diante das próximas eleições, previstas para novembro, quando Biden deve enfrentar o ex-presidente republicano Donald Trump.
"Acho que é uma fraude quando Biden finge estar fazendo algo para satisfazer os membros de seu partido e eleitores que estão revoltados com o que está acontecendo em Gaza, enquanto continua secretamente entregando tudo o que Israel quer ou precisa para Netanyahu", disse.
Já o ex-embaixador dos EUA na Arábia Saudita, Chas Freeman, observou à Sputnik que a suspensão do
fornecimento de munições pesadas foi uma resposta "relutante" à insatisfação eleitoral,
incluindo entre os jovens. No entanto, o especialista enfatizou que a medida veio "tarde demais" para reconquistar a simpatia dos eleitores. "Isso deve ser visto mais como um truque político do que como uma mudança de política", defendeu.
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