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Pentágono recomeça 'cruzada' contra a China e questiona suas intenções na América Latina

© AP Photo / Jose MaganaGeneral Laura Richardson, comandante do Exército e Comando Sul dos Estados Unidos, depõe na audiência do Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA, em Washington, EUA, 14 de março de 2024
General Laura Richardson, comandante do Exército e Comando Sul dos Estados Unidos, depõe na audiência do Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA, em Washington, EUA, 14 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 11.05.2024
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O Comando Sul norte-americano lançou críticas às atividades chinesas na América Latina, que acusa terem propósito militar.
A chefe do Comando Sul dos EUA voltou a questionar o interesse da China na América Latina e insinuou que Pequim está buscando objetivos militares ao expandir sua presença na região.
"Por que há tanto foco na infraestrutura crítica chinesa neste hemisfério?", perguntou na quinta-feira (9) a general Laura Richardson, durante a 9ª Conferência de Segurança Hemisférica (HSC, na sigla em inglês), em Miami, Flórida, EUA.
A oficial norte-americana argumentou que a influência do gigante asiático na América Latina está crescendo por meio de projetos críticos, como a construção de grandes portos, que lhe dão acesso aos valiosos recursos naturais da região, em detrimento dos interesses das populações locais.
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"Estamos preocupados com o possível uso militar [de tal infraestrutura]", acrescentou.
"O primeiro megaporto da China na América Latina só vai facilitar a extração desses recursos da região pelos chineses", argumentou Richardson, acrescentando que a América Latina está longe de se beneficiar das riquezas naturais que possui, enquanto Pequim tem vários acordos assinados com 21 países da região.
Para o chefe do Comando Sul, a cooperação dos países latino-americanos com a China significa que as empresas norte-americanas precisam afastar as empresas chinesas para ocupar seu lugar.
"Temos que ir até lá e competir por esses contratos nos países onde eles ainda estão sendo considerados", disse ela.
Anteriormente, a membro do Pentágono já havia atacado a China em termos semelhantes, o que levou Pequim a acusar Washington de "dois pesos e duas medidas" e a lembrar que os EUA "têm cerca de 800 bases militares no exterior, com 173.000 militares estacionados em 159 países". Eles sublinharam que os países da América Latina e do Caribe são "soberanos e não são o quintal dos EUA".
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