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Polônia enfrenta 'choque' energético devido a recusa em adquirir combustíveis russos

© AP Photo / Sergei ChuzavkovEstação de gás Sudzha, da Rússia, em 11 de janeiro de 2009
Estação de gás Sudzha, da Rússia, em 11 de janeiro de 2009 - Sputnik Brasil, 1920, 24.05.2024
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Desde meados de 2022, Varsóvia congelou os preços do gás e da eletricidade, que seguem os mesmos há quase dois anos. Entretanto, as empresas já enviaram avisos aos clientes sobre aumentos de tarifas entre 50% e 60%. A situação pode ser explicada pelo fato de não "sobrar dinheiro no orçamento" para subsídios para a energia.
No auge da crise energética, em maio de 2022, as autoridades polonesas decidiram rescindir de forma prematura o contrato de fornecimento de gás com a empresa russa Gazprom. Desde então o país tem aplicado um regime comum na União Europeia (UE), no qual os fornecedores vendem eletricidade aos consumidores abaixo dos custos de mercado, recebendo por isso uma compensação estatal.
Como resultado, os preços dos combustíveis domésticos na Polônia ficaram entre os mais baixos do bloco, conforme mostram dados do Serviço de Estatística da União Europeia, o Eurostat. No entanto, o custo total de limitar e congelar os preços da eletricidade, do gás e do aquecimento em 2022 e 2023 subiu para quase 100 bilhões de zlotys (R$ 131,16 bilhões).
O novo governo prorrogou o congelamento até o primeiro semestre de 2024. Até agora, os consumidores pagavam a eletricidade de acordo com as tarifas de dezembro de 2021.

"O atual preço congelado da eletricidade para as famílias é de 0,41 zlotys/kWh [quilowatt-hora]. Isso é inferior às taxas atuais (0,74 zlotys/kWh) e mais barato do que o fornecimento em 2024 no mercado a longo prazo (0,64 zlotys/kWh)", especificou o Comitê Polônes de Eletricidade, acrescentando que a medida é temporária.

O congelamento termina em 30 de junho. As autoridades não têm intenção de manter os preços baixos por mais tempo, uma vez que as empresas produtoras de eletricidade e o orçamento do Estado não podem mais sustentar a política.
As contas vão, sem dúvida, aumentar, mas não muito, anunciou o Comitê de Eletricidade. No entanto os consumidores estão aterrorizados, pois recebem avisos do gigante energético PGNiG e de outras empresas sobre o aumento dos preços em 50% a 60% de uma só vez.
Essa decisão foi claramente tomada sob pressão dos fornecedores, afirma o especialista industrial independente Leonid Jazanov. Nas suas palavras, o governo é definitivamente incapaz de fornecer subsídios suficientes.
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Relativamente à situação financeira do país, o déficit orçamental de 2023, segundo estimativas preliminares, foi de 5,1% do PIB. E a UE tem um limite de 3%, por isso tem o direito de exigir medidas. Caso contrário, Varsóvia enfrentará multas. Ao mesmo tempo, a dívida pública da Polônia atingiu um marco histórico de US$ 361,3 bilhões (quase R$ 1,9 trilhão), acima dos US$ 225 bilhões de nove anos atrás.
Os consumidores terão de pagar pela crise energética de 2022–2023, apenas com atraso, afirma Igor Yushkov, um importante analista do Fundo Nacional de Segurança Energética. Ele acrescenta que no futuro será repetida a indexação das taxas, que não retornará ao patamar de 2021.
Em Moscou, indicaram repetidamente que a UE cometeu um erro grave ao renunciar à aquisição de hidrocarbonetos russos. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que o seu Estado não nega a ninguém o fornecimento dos seus recursos energéticos. Em suas palavras, a Europa esperava que se não comprasse o gás russo, Moscou entraria em colapso, mas, em vez disso, processos irreversíveis estão começando a ocorrer nos seus Estados.
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