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Mídia: Hungria perderá cargos importantes na UE como punição por se opor ao financiamento da Ucrânia

© AP Photo / Olivier HosletO primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, chega para uma cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas, 22 de outubro de 2021
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, chega para uma cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas, 22 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 30.05.2024
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A Hungria receberá uma dose de "punição" por parte de outros líderes da União Europeia (UE) pela sua firme oposição ao armamento da Ucrânia, informou o jornal Politico.
A Hungria tem sido uma pedra no sapato das autoridades em Bruxelas em tudo o que está relacionado com o conflito na Ucrânia. Recusando-se firmemente a alimentar conflito por procuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) com a Rússia, Budapeste tem se defendido da pressão crescente dos seus colegas líderes da UE, cada vez mais frustrados.
De acordo com o portal de notícias, está em curso um plano para atacar os representantes de Budapeste com um "portfólio fraco" na próxima configuração da Comissão Europeia, segundo diplomatas citados pela apuração.
Oliver Varhelyi, da Hungria, ocupa o cargo de comissário Europeu para Política de Vizinhança e das Negociações de Alargamento desde 2019. No entanto, após as eleições marcadas para 6 e 9 de junho, a Hungria não deve esperar ocupar quaisquer cargos de chefia na Comissão Europeia, afirma a matéria.
Dificilmente se "questiona" a possibilidade de o país poder manter o controle de quaisquer altos cargos, disse uma fonte citada pela mídia.
"Depois do desastre desta vez com Varhelyi e da forma como [o primeiro-ministro Viktor] Orbán está enfrentando [a presidente da Comissão, Ursula] von der Leyen, não há forma de ela entregar algo importante [a] alguém próximo dele", disse um enviado.
A Hungria resistiu à pressão de todos os lados para marchar em sintonia com outros patronos da UE e da OTAN do governo de Kiev. O país manteve-se firme na oposição a tudo, desde o desembolso de dinheiro para enviar ainda mais armas ocidentais a Ucrânia até a candidatura dela à adesão à Aliança Atlântica.
Xi Jinping, presidente da China (centro à esquerda), e Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro (centro à direita), no bairro do Castelo de Buda em Budapeste, Hungria, 8 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 11.05.2024
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Como parte da sua veemente oposição à guerra por procuração da OTAN em curso na Ucrânia, a Hungria tem adiado um pacote de ajuda militar multimilionário para Kiev, que foi acordado em março. Budapeste insistiu na necessidade de "fazer a paz" e "prevenir a escalada" do conflito. Na segunda-feira (27), o ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, reconheceu, após uma reunião em Bruxelas, que houve uma "enorme disputa" sobre o veto da Hungria à assistência militar à Ucrânia, cobrindo € 6,5 bilhões (cerca de R$ 36,6 bilhões), com colegas alemães, poloneses e lituanos.
A Hungria também tem alegadamente adiado a legislação para acelerar a entrega dos rendimentos provenientes de ativos russos congelados ilegalmente à Ucrânia.
Entre declarações de políticos ocidentais e notícias indicando que a Europa está se preparando para uma guerra com a Rússia, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, insistiu que as negociações sobre a "ameaça russa" nada mais são do que uma manobra do Ocidente.
"Eu interpreto estas referências à 'ameaça russa' mais como manobras do Ocidente e da Europa para preparar a entrada na guerra", disse Orbán recentemente à emissora de rádio Kossuth.
Quanto à OTAN, depois de criticar recentemente a aliança militar pelo seu "planejamento de guerra", o primeiro-ministro húngaro anunciou um esforço legal para "redefinir" o estatuto da Hungria no bloco.
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