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Exército Brasileiro vai alterar portaria de armas após pressão de congressistas da 'bancada da bala'

© AFP 2023 / Pablo PorciunculaPoliciais fazem guarda do lado de fora do terminal de ônibus Novo Rio após um atirador manter passageiros reféns no Rio de Janeiro, Brasil, em 12 de março de 2024
Policiais fazem guarda do lado de fora do terminal de ônibus Novo Rio após um atirador manter passageiros reféns no Rio de Janeiro, Brasil, em 12 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 01.06.2024
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Desde o início do governo Lula, uma portaria que trata da quantidade de armas que policiais e bombeiros aposentados podem ter já foi alterada diversas vezes, e após pressão da ala do Congresso pró-arma nesta semana, parece que vai receber outra modificação.
O Exército vai alterar uma portaria publicada há duas semanas para aumentar de dois para quatro o número de armas que policiais e bombeiros militares inativos podem ter. Em maio, a força revisou a portaria, reduzindo o limite de cinco para duas armas de uso restrito, podendo obter apenas um fuzil.
Mas os congressistas reclamam que a portaria recente é muito restritiva ao permitir a posse de duas armas e vetar acesso a armamentos de uso restrito.
A reivindicação dos policiais, levada por parlamentares da bancada da bala, é de que eles precisavam ter uma garantia de que poderiam permanecer com as armas que já tinham. Geralmente, esse grupo possui .40 e 9mm, que são de uso restrito.
A mudança foi acertada após deputados da bancada da bala levarem o pedido ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e ao comandante do Exército, general Tomás Paiva, de acordo com a Folha de S.Paulo.
"Aquela portaria que prejudicava os policiais, especialmente os inativos, vai ser suspensa e nos próximos dias será editada a nova portaria. A nossa luta valeu a pena", disse o deputado Coronel Ulysses (União Brasil).
A nova regra deve equiparar os policiais da ativa e os aposentados. Cada um terá direito a possuir quatro armas, sendo duas de uso restrito e duas de uso permitido. Além disso, o governo Lula liberou a compra de insumos para recarga como uma alternativa à compra de munição, o que continua suspenso nessa nova norma.
A portaria foi considerada à época como mais um aceno da atual gestão aos policiais militares, que formam a base política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), analisa a Folha.
Em nota citada pela mídia, o Exército disse que realizou "reunião com integrantes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, no intuito de aperfeiçoar a norma" e que "uma nova portaria será publicada oportunamente".
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