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Adesão ao BRICS aceleraria a industrialização da Bolívia, diz o presidente Luis Arce à Sputnik
Adesão ao BRICS aceleraria a industrialização da Bolívia, diz o presidente Luis Arce à Sputnik
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O presidente da Bolívia, Luis Arce, confirmou em uma entrevista à Sputnik sua esperança de que seu país se junte em breve ao grupo BRICS (um bloco composto... 07.06.2024, Sputnik Brasil
2024-06-07T10:45-0300
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Assim, no âmbito do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês), Arce afirmou que a Bolívia se beneficiaria de muitas maneiras ao entrar para o BRICS, especialmente em termos de transferência de tecnologia, e destacou que a possível saída da Argentina poderia acelerar a entrada de seu país no grupo.Em sua conversa com a agência, o líder boliviano abordou outros aspectos, como o potencial das relações com a Rússia, o reconhecimento do Estado palestino, a perigosa aproximação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) com a América Latina e a necessidade de quebrar a hegemonia do dólar.Hegemonia do dólarRespondendo se o dólar é a primeira moeda do mundo, o líder boliviano destacou que isso deve ser uma moeda que gera mais comércio, aquela que tem um produto interno bruto (PIB) que a sustenta.Brasil-BolíviaLuis Arce também compartilhou suas expectativas sobre a visita planejada do seu homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à Bolívia, observando que dessa visita "ambos os países se beneficiarão de uma forma muito mais lucrativa".Entre os temas que poderiam ser abordados durante o encontro com Lula, Arce pontuou uma nova fábrica de ureia e uma fábrica de NPK (fertilizante de nitrogênio, fósforo e potássio).Conflito Israel-PalestinaNesse contexto, o presidente da Bolívia disse que está claro que o que precisa acontecer é um cessar-fogo imediato e uma busca pela paz por meio da ONU ou de algum outro órgão que possa mediar para que isso possa acabar agora.Comentando o reconhecimento da Palestina como Estado por muitos países europeus nas últimas semanas, ele destacou que isso é "uma alerta para que Israel acabe com o genocídio que está ocorrendo no país".Ações da OTAN no mundoArce expressou sua preocupação com as ações da OTAN que estão colocando em risco a paz mundial, e temos visto isso não apenas aqui na Europa, mas também na América Latina, quando ela sempre foi caracterizada como uma região muito pacífica.
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Adesão ao BRICS aceleraria a industrialização da Bolívia, diz o presidente Luis Arce à Sputnik
10:45 07.06.2024 (atualizado: 11:51 07.06.2024) O presidente da Bolívia, Luis Arce, confirmou em uma entrevista à Sputnik sua esperança de que seu país se junte em breve ao grupo BRICS (um bloco composto inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), porque isso aceleraria o atual processo de industrialização no Estado Plurinacional.
Assim, no âmbito do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês), Arce afirmou que a Bolívia
se beneficiaria de muitas maneiras ao entrar para o BRICS, especialmente em termos de transferência de tecnologia,
e destacou que a possível saída da Argentina poderia acelerar a entrada de seu país no grupo."A Bolívia pode acelerar o processo de industrialização e, assim, avançar rapidamente em direção ao tão sonhado desenvolvimento que temos na Bolívia, e a participação no BRICS abre essa oportunidade para que nosso povo possa se beneficiar do conhecimento, da ciência, da tecnologia e, é claro, do comércio e do investimento que poderíamos receber dos países-membros do BRICS", disse ele.
Em sua conversa com a agência, o líder boliviano abordou outros aspectos, como o potencial das relações com a Rússia, o reconhecimento do Estado palestino, a perigosa aproximação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) com a América Latina e a necessidade de quebrar a hegemonia do dólar.
Respondendo se o dólar é a primeira moeda do mundo, o líder boliviano destacou que isso deve ser uma moeda que gera mais comércio, aquela que tem um produto interno bruto (PIB) que a sustenta.
"E acreditamos que a hegemonia dos EUA, que talvez já tenhamos tido, vem diminuindo gradualmente ao longo dos anos, a ponto de dar mais peso aos países do BRICS, especialmente China, Rússia e Índia, e esses são mercados muito grandes."
Luis Arce também compartilhou
suas expectativas sobre a visita planejada do seu homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à Bolívia, observando que dessa visita
"ambos os países se beneficiarão de uma forma muito mais lucrativa"."Há uma grande expectativa para a chegada do nosso irmão presidente Lula do Brasil, pois estamos unidos por uma longa fronteira, para começar, e, em segundo lugar, acredito que a chegada de Lula à Bolívia será extremamente importante para que possamos definir vários projetos", continuou.
Entre os temas que poderiam ser abordados durante o encontro com Lula, Arce pontuou uma nova fábrica de ureia e uma fábrica de NPK (fertilizante de nitrogênio, fósforo e potássio).
"Acredito que elas abrem muitas possibilidades de negociação com o Brasil, temos a interconexão rodoviária, a integração física que gostaríamos de alcançar entre o Brasil e a Bolívia e a cooperação para proteger nossas fronteiras", acrescentou ele.
Conflito Israel-Palestina
Nesse contexto, o presidente da Bolívia disse que está claro que o que precisa acontecer é um cessar-fogo imediato e uma busca pela paz por meio da ONU ou de algum outro órgão que possa mediar para que isso possa acabar agora.
"O mundo inteiro teria que ir à Palestina para ajudar a reconstruir um país que, desta vez, precisará da cooperação de todo o planeta para fazê-lo o mais rápido possível."
Comentando o reconhecimento da
Palestina como Estado por muitos países europeus nas últimas semanas, ele destacou que isso é
"uma alerta para que Israel acabe com o genocídio que está ocorrendo no país".Arce expressou sua preocupação com as ações da
OTAN que estão colocando em risco a paz mundial, e temos visto isso
não apenas aqui na Europa, mas também na América Latina, quando ela sempre foi caracterizada como uma região muito pacífica.
"Os conflitos sempre foram resolvidos entre os países por meio do diálogo, nunca houve necessidade de usar armas e sabemos que, quando a OTAN se aproxima de nossos países, não é com boas intenções ou para promover o diálogo", sublinhou ele.
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