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Governo anula leilão de compra de 260 mil toneladas de arroz importado; secretário pede demissão
Governo anula leilão de compra de 260 mil toneladas de arroz importado; secretário pede demissão
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O governo federal anulou nesta terça-feira (11) o leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizado em 6 de maio, cancelando a compra de cerca de... 11.06.2024, Sputnik Brasil
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A informação foi divulgada pela Conab, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).Um novo edital será publicado, com mudanças nos mecanismos de transparência e segurança jurídica, mas ainda não há data para o novo leilão.O governo informou que a maioria das empresas vencedoras do leilão não têm capacidade financeira de operar um volume financeiro do tamanho exigido.Cerca de R$ 7 bilhões foram liberados para a compra de até 1 milhão de toneladas. As companhias, de acordo com o Mapa, são conhecidas apenas depois do certame.Na nota da Conab, a entidade enfatizou que, a partir da anulação, os mecanismos para a realização do leilão serão revistos com o apoio da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU), a fim de assegurar que as empresas participantes tenham a solidez "que uma operação deste porte exige".Também nesta terça-feira, Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Mapa, pediu demissão após suspeitas de conflito de interesse. De acordo com o Estadão, o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão, é uma indicação direta do secretário. A Foco Corretora de Grãos, principal corretora do leilão, é do empresário Robson Almeida de França, que foi assessor parlamentar de Geller na Câmara e é sócio de Marcello Geller, filho do secretário, em outras companhias. O ministro Fávaro confirmou que aceitou a demissão do secretário.CNA entra com ação no STF para suspender importação de arroz pelo governo federalNa última segunda-feira (3), a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o leilão da Conab.Segundo a entidade, a importação de arroz vai afetar a cadeia produtiva "com potencial de desestruturá-la, criando instabilidade de preços, prejudicando produtores locais de arroz, desconsiderando os grãos já colhidos e armazenados", além de prejudicar ainda mais os produtores rurais que tiveram perdas nas recentes enchentes do Rio Grande do Sul e que, segundo a entidade, "nunca foram ouvidos no processo de formulação dessa política de importação do cereal".A ação ressalta ainda que 84% da área plantada do estado foi efetivamente colhida antes do início das chuvas e que não há risco de desabastecimento.O objetivo da importação do produto, segundo o governo federal, é garantir o abastecimento nacional de arroz diante das enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção brasileira do produto.
https://noticiabrasil.net.br/20240521/governo-suspende-compra-de-104-mil-toneladas-de-arroz-apos-mercosul-elevar-precos-do-cereal-em-30-34716236.html
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Governo anula leilão de compra de 260 mil toneladas de arroz importado; secretário pede demissão
15:43 11.06.2024 (atualizado: 16:52 11.06.2024) O governo federal anulou nesta terça-feira (11) o leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizado em 6 de maio, cancelando a compra de cerca de 263 mil toneladas de arroz importado. O montante corresponde a 87% das 300 mil toneladas autorizadas pelo governo nesta primeira operação.
A informação foi
divulgada pela Conab, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
Um novo edital será publicado, com mudanças nos mecanismos de transparência e segurança jurídica, mas ainda não há data para o novo leilão.
O governo informou que a maioria das empresas vencedoras do leilão não têm capacidade financeira de operar um volume financeiro do tamanho exigido.
Cerca de R$ 7 bilhões foram liberados para a compra de até 1 milhão de toneladas. As companhias, de acordo com o Mapa, são conhecidas apenas depois do certame.
Na nota da Conab, a entidade enfatizou que, a partir da anulação, os mecanismos para a realização do leilão serão revistos com o apoio da
Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU), a fim de assegurar que as empresas participantes tenham a solidez "que uma operação deste porte exige".
"Nenhum centavo do dinheiro público foi gasto até agora. A segurança jurídica e o zelo com o dinheiro público são princípios inegociáveis. É isso que justifica a decisão tomada", afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Também nesta terça-feira,
Neri Geller, secretário de
Política Agrícola do Mapa, pediu demissão
após suspeitas de conflito de interesse. De acordo com o Estadão, o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão, é uma indicação direta do secretário. A Foco Corretora de Grãos,
principal corretora do leilão, é do empresário Robson Almeida de França, que foi assessor parlamentar de Geller na Câmara e é sócio de Marcello Geller, filho do secretário, em outras companhias.
O ministro Fávaro confirmou que
aceitou a demissão do secretário.
CNA entra com ação no STF para suspender importação de arroz pelo governo federal
Na última segunda-feira (3), a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA)
entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para
suspender o leilão da Conab.
Segundo a entidade,
a importação de arroz vai afetar a cadeia produtiva "com potencial de desestruturá-la, criando instabilidade de preços, prejudicando produtores locais de arroz, desconsiderando os grãos já colhidos e armazenados", além de prejudicar ainda mais os produtores rurais que tiveram
perdas nas recentes enchentes do Rio Grande do Sul e que, segundo a entidade, "
nunca foram ouvidos no processo de formulação dessa política de importação do cereal".
A ação ressalta ainda que 84% da área plantada do estado foi efetivamente colhida antes do início das chuvas e que não há risco de desabastecimento.
O objetivo da importação do produto, segundo o governo federal, é
garantir o abastecimento nacional de arroz diante das enchentes no Rio Grande do Sul,
responsável por 70% da produção brasileira do produto.
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