Relacionamento gelado entre Milei e Lula esteve em plena exibição no G7
13:40 16.06.2024 (atualizado: 15:39 16.06.2024)
© AFP 2023 / Mandel NganO presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva participa de uma sessão de trabalho sobre Inteligência Artificial (IA), Energia e África-Mediterrâneo no resort Borgo Egnazia durante a Cúpula do G7 em Savelletri, perto de Bari, Itália, em 14 de junho de 2024
![O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva participa de uma sessão de trabalho sobre Inteligência Artificial (IA), Energia e África-Mediterrâneo no resort Borgo Egnazia durante a Cúpula do G7 em Savelletri, perto de Bari, Itália, em 14 de junho de 2024 O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva participa de uma sessão de trabalho sobre Inteligência Artificial (IA), Energia e África-Mediterrâneo no resort Borgo Egnazia durante a Cúpula do G7 em Savelletri, perto de Bari, Itália, em 14 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 16.06.2024](https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e8/06/10/35139994_0:160:3072:1888_1920x0_80_0_0_0030c95b46b3521e5ef573d12e209bbe.jpg)
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Na foto "de família" da cúpula do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo argentino, Javier Milei, estão posicionados, junto a outros líderes no evento, em pontas opostas. A foto reflete exatamente o clima entre os dois na Itália, escreve a Bloomberg.
Lula e Milei se cruzaram pela primeira vez na sexta-feira (14) no evento, fazendo parte de um elenco diversificado de personagens reunido pela primeira-ministra Giorgia Meloni.
Mas, ao contrário de Narendra Modi, da Índia, que aproveitou a oportunidade para, pelo menos, tentar melhorar as relações com os líderes dos Estados Unidos e do Canadá, os presidentes das duas maiores economias da América do Sul voaram milhares de quilômetros dos seus países para estarem no mesmo local, e ainda assim, evitarem um ao outro.
Misturando-se entre lideranças globais, incluindo o papa Francisco, as suas diferenças ficaram à mostra, analisa a agência.
© AFP 2023 / Ludovic MarinFoto de família com chefes de Estado do G7 e chefes de delegação de países do Outreach no resort Borgo Egnazia durante a Cúpula do G7 organizada pela Itália, em Savelletri, em 14 de junho de 2024
![Foto de família com chefes de Estado do G7 e chefes de delegação de países do Outreach no resort Borgo Egnazia durante a Cúpula do G7 organizada pela Itália, em Savelletri, em 14 de junho de 2024 Foto de família com chefes de Estado do G7 e chefes de delegação de países do Outreach no resort Borgo Egnazia durante a Cúpula do G7 organizada pela Itália, em Savelletri, em 14 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 16.06.2024](https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e8/06/10/35139819_0:0:3657:2048_1920x0_80_0_0_04b3600b8108ec5d521f96737e7ede02.jpg)
Foto de família com chefes de Estado do G7 e chefes de delegação de países do Outreach no resort Borgo Egnazia durante a Cúpula do G7 organizada pela Itália, em Savelletri, em 14 de junho de 2024
© AFP 2023 / Ludovic Marin
Lula compareceu à reunião buscando transmitir a mensagem de que os líderes de extrema direita são prejudiciais à democracia, um apelo que visa muitos dos aliados de Milei, ao mesmo tempo que reafirmou a proposta de impostos globais sobre os super-ricos, programas sociais para combater a fome e medidas mais agressivas sobre as alterações climáticas, pautas distantes do presidente do país vizinho.
Milei, em vez disso, condenou o aborto e falou sobre os perigos do populismo, que ele vê como uma ameaça vinda de líderes de esquerda.
O brasileiro estreitou laços com o establishment político global e preencheu sua agenda na Itália com uma lista de reuniões bilaterais que incluiu Emmanuel Macron, Meloni, Olaf Scholz, Ursula Von der Leyen e Modi. O presidente também se encontrou com o papa, um argentino que entrou em confronto com Milei durante sua eleição.
O mandatário argentino teve uma reunião com a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, no meio de expectativas de que Buenos Aires possa negociar um novo programa – e talvez obter novos fundos – do credor com sede em Washington.
Embora o governo Milei tenha manifestado interesse, mais de uma vez, em uma reunião informal com Lula em abril, o brasileiro até agora o rejeitou. Resta saber quem piscará primeiro, e se é que alguém piscará, escreve a Bloomberg.
A próxima oportunidade de reunião será provavelmente em novembro, quando Lula receberá os líderes do G20 no Rio de Janeiro.
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