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Putin mostrou que está aberto a negociações desde o começo do conflito ucraniano, diz analista

© POOL / Acessar o banco de imagensVisita de Estado do Presidente Vladimir Putin ao Vietnã
Visita de Estado do Presidente Vladimir Putin ao Vietnã - Sputnik Brasil, 1920, 20.06.2024
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse mais uma vez, em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (20), em sua chegada ao Vietnã, que Moscou tem disposição para encontrar uma saída negociada para o conflito com a Ucrânia.
Em sua fala, Putin mencionou os Acordos de Minsk e Istambul como exemplos para continuar o diálogo com o lado ucraniano. De acordo com Giovana Branco, doutoranda em ciência política na Universidade de São Paulo (USP), o presidente "busca mostrar que a Rússia esteve aberta a negociações desde os primeiros momentos do conflito" e tenta viabilizar os termos "em um momento em que o país tem vantagem no campo de batalha".
O presidente russo também afirmou que o niilismo do Ocidente em relação às propostas de paz de Moscou não durará para sempre, ressaltando que o mesmo Ocidente derrubará Vladimir Zelensky no primeiro semestre do próximo ano, atribuindo a ele todas as decisões impopulares na crise da Ucrânia.
Vladimir Putin (à esquerda) e Kim Jong-un (à direita), presidentes da Rússia e da Coreia do Norte, respetivamente, participam da cerimônia oficial de boas-vindas na Praça Kim Il-sung, em Pyongyang, Coreia do Norte, 19 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 19.06.2024
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Segundo Branco, essas afirmações expõem a fragilidade de Zelensky, cujo mandato presidencial expirou e que não permitiu que novas eleições fossem realizadas, ficando "difícil sustentar os discursos de uma democracia contra uma autocracia".
A analista pontua também que o Ocidente não parece estar interessado em manter o atual conflito a longo prazo, o que pode significar uma queda de apoio, a depender do comportamento de Zelensky.
"Enquanto Zelensky se mantiver irredutível em relação aos objetivos ucranianos no conflito, é possível que exista uma queda de apoio entre o Ocidente", disse.
Putin aproveitou a coletiva para abordar também possíveis mudanças na doutrina nuclear russa, além de lembrar que as forças nucleares estratégicas da Federação da Rússia estão sempre de prontidão para o combate.
As declarações, para Branco, são uma resposta à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que decidiu colocar armas nucleares de prontidão.

"É possível que a Rússia passe a desenvolver ainda mais as suas armas nucleares táticas, de menor porte, visando à sua utilização de forma pontual em alguns conflitos. Entretanto pode ser apenas uma questão de discurso diplomático, visto que a Rússia precisa ser uma 'ameaça crível' para evitar novos avanços da Aliança Atlântica", finalizou a pesquisadora.

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