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Mídia japonesa descobre que Oppenheimer teria pedido perdão a sobreviventes de bombas atômicas

© AFP / HO / Arquivos Nacionais dos EUA / HandoutDr. Robert Oppenheimer, físico atômico e chefe do Projeto Manhattan (que levou à criação das primeiras bombas atômicas), em 1944
Dr. Robert Oppenheimer, físico atômico e chefe do Projeto Manhattan (que levou à criação das primeiras bombas atômicas), em 1944 - Sputnik Brasil, 1920, 21.06.2024
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A mídia japonesa relatou um suposto episódio em que o criador da bomba atômica foi visitado por vítimas de sua própria invenção, lançada nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.
Evidências indiretas de que Robert Oppenheimer, criador da bomba atômica, pediu desculpas, aos prantos, às vítimas dos bombardeios no Japão, ocorridos em agosto de 1945, foram encontradas em arquivos de vídeo, informou na quinta-feira (20) a emissora japonesa NHK.
Um vídeo gravado em 2015 foi encontrado nos arquivos de uma organização sem fins lucrativos em Hiroshima. Nele a tradutora Yoko Teichler relembra que acompanhou a física teórica japonesa Naomi Shono em uma visita aos EUA em 1964, que incluiu um encontro particular com Oppenheimer.
Segundo ela, assim que cruzaram a soleira da sala do instituto de pesquisa onde a reunião ocorreu, Oppenheimer, que "já tinha lágrimas escorrendo dos olhos", e começou a dizer repetidamente "Desculpe".
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Até então, essa reunião era apenas conhecida pelas palavras de Naomi Shono, que disse que Oppenheimer lhe pedira para não falar sobre Hiroshima e Nagasaki, e que "essas palavras transmitiam o fardo que ele estava carregando", disse a cientista japonesa. Ela própria foi exposta à radiação quando foi ao centro de Hiroshima após o bombardeio para procurar seus entes queridos. Ela morreu em 2012, aos 86 anos de idade.
O marido de Yoko Teichler, o acadêmico alemão Ulrich Teichler, relata que sua esposa trabalhou como tradutora nas Olimpíadas de Tóquio de 1964 e mais tarde traduziu em alto nível reuniões do G7. Yoko Teichler, nome de solteira Urata, morreu em 2019.
Ao mesmo tempo, especialistas trataram a descoberta com cautela, já que não foram encontradas evidências de que Oppenheimer tenha se oposto às armas nucleares até sua morte, em 1967.
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