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Autoridades dos EUA alertam governo Lula sobre negociação entre empresa chinesa e Avibras

© Avibras / DivulgaçãoAstros II, sistema de lançadores múltiplos de foguetes fabricado pela empresa brasileira Avibras, dispara um projétil
Astros II, sistema de lançadores múltiplos de foguetes fabricado pela empresa brasileira Avibras, dispara um projétil - Sputnik Brasil, 1920, 22.06.2024
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A possível compra da Avibras Aeroespacial pela estatal chinesa Norinco pode resultar em embargo dos Estados Unidos à exportação e ao uso de produtos de defesa norte-americanos para o Brasil.
Segundo duas fontes ouvidas pelo jornal Folha de S.Paulo, a possibilidade de embargo foi relatada por representantes do governo dos EUA a membros da administração Lula.
Isso aconteceria porque, em 2021, o presidente Joe Biden impôs sanção à empresa chinesa alegando que o uso de produtos da Norinco representa ameaça à "segurança nacional, política externa e economia".
Em 2022, os estadunidenses ameaçaram usar o embargo contra a Norinco em uma concorrência do Exército Brasileiro para a compra de quase 100 blindados, recorda a mídia.
As possíveis sanções sobre a Avibras, caso seja comprada pelo grupo chinês, já haviam sido sinalizadas pelo pesquisador do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (Gedes), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), José Augusto Zague.
Ao ser entrevistado pela Sputnik Brasil, Zague afirmou que tendo ou não o controle, ou seja, mesmo que a empresa chinesa não adquira a maior parte percentual da companhia, ainda assim vai ser alvo de sanções dos Estados Unidos.
Para reverter o possível cenário, empresas chinesas deveriam passar a fornecer "componentes equivalentes aos fornecidos pelos EUA", sugeriu o pesquisador.
A presença da estatal asiática minaria, ainda segundo o especialista, negociações dos materiais desenvolvidos pela Avibras com países parceiros dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Os executivos da empresa chinesa enviaram carta a autoridades brasileiras na última semana para comunicar o interesse chinês em adquirir 49% das ações da Avibras — considerada a principal fabricante de sistemas pesados de defesa do Brasil.
O interesse chinês surgiu após o grupo de investidores australiano DefendTex desistir das negociações com por dificuldade de obter financiamento para a empreitada.
Míssil Antinavio Nacional de Superfície (Mansup) da Marinha do Brasil, fabricado pela Avibras e exposto na LAAD 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 24.05.2024
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Justiça determina que Avibras esclareça negociações sobre sua venda a grupo australiano
Um empresário com conhecimento das negociações afirmou ao jornal, sob anonimato, que outro motivo para o recuo com os australianos foi o fato de o governo brasileiro vetar exportações de produtos militares para uso no conflito da Ucrânia.
Na avaliação de um integrante do governo e três oficiais-generais também ouvidos sob reserva pela mídia, a proposta chinesa é importante porque mantém o controle da empresa no Brasil. Os impactos geopolíticos do negócio, porém, são o ponto negativo.
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, viaja à China em julho para participar de uma série de reuniões. Ele será apresentado a produtos da Norinco e discutirá a participação chinesa na Avibras, por mais que não tenha poder de chancelar ou vetar a negociação, relata a Folha.
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