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General responsável por tentativa de golpe de Estado na Bolívia é detido, diz mídia local

© AP Photo / Juan KaritaMilitares tentam entrar à força no palácio do governo durante ação que tentou derrubar o presidente da Bolívia, Luis Arce. La Paz, 26 de agosto de 2024
Militares tentam entrar à força no palácio do governo durante ação que tentou derrubar o presidente da Bolívia, Luis Arce. La Paz, 26 de agosto de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 26.06.2024
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O general Juan José Zúñiga, que liderou a tentativa de golpe de Estado na Bolívia, foi detido na noite desta quarta-feira (26), informou a mídia local. Antes de mobilizar de forma ilegal as tropas bolivianas, Zúñiga chegou a ser destituído do cargo de chefe das Forças Armadas e prometeu "recuperar a pátria" antes da invasão do palácio do governo.
No início da tarde, tropas comandadas pelo general ocuparam a Praça Murillo, onde ficam os prédios do governo boliviano, e chegaram a invadir o palácio presidencial. A tentativa de golpe foi denunciada pelo presidente Luis Arce, que pediu apoio da comunidade internacional e que a população fosse às ruas para proteger a democracia.
Ainda na porta do palácio, Arce conversou com o general Zúñiga. Ministros e autoridades fizeram uma barricada e militares decidiram deixar o local. Em poucos minutos, a praça também foi tomada por manifestantes favoráveis ao governo.
Já o general Zúñiga afirmou que foi o próprio mandatário boliviano quem pediu para "preparar algo" para melhorar a popularidade do governo — o país terá eleições no próximo ano e Arce se tornou um dos maiores adversários do ex-presidente Evo Morales.

Abertura de investigação

O Ministério Público da Bolívia abriu uma investigação contra o general e ex-comandante do Exército. "[Foi também ordenado] o desenvolvimento de todos os esforços necessários à obtenção dos elementos de condenação, bem como a expedição dos requerimentos, ordens de citação, despachos e resoluções […] que correspondam ao esclarecimento do fato investigado e à imposição da sanção máxima aos responsáveis", informou.
A situação no país só começou a normalizar após o presidente nomear um novo comandante-geral para o Exército: José Wilson Sánchez, que na sequência determinou que todos os militares retornassem ao quartel. Além disso, o novo chefe militar pediu que fosse evitado um derramamento de sangue no país e garantiu que fará cumprir a Constituição.

Procuradoria indicia e chama golpista de terrorista

A Procuradoria-Geral da Bolívia acusou Juan José Zúñiga de terrorismo e levante armado, de acordo com o mandado de prisão contra o general.

"Em consideração ao caso […] contra Juan José Zúñiga […] pelos supostos crimes de terrorismo e rebelião armada contra a segurança e a soberania do Estado […], um mandado de prisão foi emitido", diz o documento, publicado pela TV Bolivia.

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Tentativa de golpe foi condenada em todo o mundo

Líderes de toda a América Latina, além de União Europeia, Ásia e Estados Unidos, condenaram a tentativa de golpe na Bolívia e expressaram apoio ao presidente Arce. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em pronunciamento, convocou o povo boliviano a defender sua democracia e Constituição e o presidente. "É importante defender a paz e a estabilidade. A Bolívia conta com o apoio de toda a América Latina. O golpe deve acabar", afirmou.
Em comunicado separado, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, descreveu as imagens vindas da Bolívia como "indignantes".
Líderes de Paraguai, Uruguai, Peru, Chile, México, Colômbia, Honduras e também Espanha emitiram declarações públicas rejeitando a tentativa de golpe e expressando apoio a Arce.
O governo do Brasil, em declaração do Ministério das Relações Exteriores, também fez a condenação e manifestou apoio e solidariedade a Arce e ao povo boliviano.
Josep Borrell, chefe da política externa da União Europeia, condenou qualquer tentativa de minar a ordem constitucional na Bolívia e de derrubar governos democraticamente eleitos, expressando solidariedade ao governo e ao povo boliviano.
Até mesmo entre a oposição boliviana houve apoio. Luis Fernando Camacho, líder da oposição no Congresso boliviano, afirmou seu respeito pela democracia do país, e a ex-senadora Jeanine Áñez condenou a mobilização militar, apelando à defesa da democracia através do voto em 2025.
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