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Idade e saúde mental de Biden estarão sob escrutínio minucioso no próximo debate com Trump

© AFP 2023 / Ludovic Marin O chanceler alemão Olaf Scholz (E) e o presidente dos EUA Joe Biden conversam durante a cerimônia comemorativa internacional na praia de Omaha, marcando o 80º aniversário do desembarque dos Aliados na Normandia, no "Dia D" da Segunda Guerra Mundial, em Saint-Laurent-sur-Mer, no noroeste da França, em 6 de junho de 2024
O chanceler alemão Olaf Scholz (E) e o presidente dos EUA Joe Biden conversam durante a cerimônia comemorativa internacional na praia de Omaha, marcando o 80º aniversário do desembarque dos Aliados na Normandia, no Dia D da Segunda Guerra Mundial, em Saint-Laurent-sur-Mer, no noroeste da França, em 6 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 26.06.2024
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A idade do presidente Joe Biden e seu estado de saúde mental serão a principal questão sob rigorosa análise no primeiro de dois debates nacionais com o desafiador republicano e ex-presidente Donald Trump, apontaram analistas à Sputnik. A transmissão acontece na próxima quinta-feira (27), em meio à reedição da disputa entre a dupla.
Biden, de 81 anos, é o homem mais velho a servir como presidente dos Estados Unidos, e continua a acumular demonstrações embaraçosas de confusão verbal, mental e física em suas aparições públicas.
Apesar da cobertura contínua favorável e acrítica da mídia corporativa dos EUA, uma longa sucessão de pesquisas de opinião mostra preocupações generalizadas, inclusive entre eleitores democratas comprometidos, sobre a capacidade de Biden de servir por mais um mandato de quatro anos na Casa Branca. Caso seja reeleito, o presidente pode chegar aos 85 anos quando estiver no fim da gestão.
O editor da Trends Journal, Gerald Celente, disse à Sputnik que todos os olhos estarão voltados para como Biden vai se comportar e responder ao estilo enérgico de debate de Trump. "Acredito que aqueles que assistirem estarão mais interessados em ver e ouvir se Joe Biden é mentalmente capaz de debater", disse Celente.
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Economia paralisada e inflação nos EUA

Aumentando a pressão, Trump certamente se concentrará no histórico de Biden em relação à economia doméstica paralisada e afetada pela inflação, além das crescentes taxas de imigração ilegal e criminalidade atribuídas diretamente à política de fronteiras abertas da administração Biden, disse o especialista.

"Como a equipe de [o ex-presidente Bill] Clinton disse na campanha de 1992: 'É a economia, estúpido'. A economia é a prioridade número um na mente do eleitorado e a imigração será a número dois", disse Celente.

Embora Biden tenha sido sempre um orador público desajeitado e frequentemente confuso ao longo de sua carreira, o problema agora atingiu proporções épicas em seus anos como presidente, resultando em dificuldade para completar frases e pensamentos de maneira inteligente, acrescentou o editor.
Trump é enérgico e direto, e também frequentemente se desvia para questões tangenciais em vez de se ater aos seus principais pontos de política, então para ele a questão será "permanecer nos fatos" ao confrontar Biden, disse Celente.
O apoio dos EUA à Ucrânia em seu desastroso conflito com a Rússia provavelmente será uma questão para os dois candidatos debaterem e, em contraste, ambos competirão para ver qual está fazendo mais para apoiar Israel.
No entanto, este primeiro debate está muito distante da eleição de novembro e ocorre no início da relaxada temporada de verão de três meses. Com isso, não terá muito impacto político, já que muitas coisas podem acontecer até lá, frisa Celente.
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Biden luta para alcançar um 'empate entediante'

O comentarista político Charles Ortel disse à Sputnik que Biden não vai desmoronar em incoerência pública como já fez tantas vezes antes e deve se manter tranquilamente no apoio acrítico que continua a receber da mídia dos EUA.
"Seus assessores vão rezar para que Biden evite divagações, mentiras óbvias e infladas, ou literalmente caia. Se ele permanecer consciente (uma grande questão), Biden deve evitar cometer erros que coloquem suas habilidades de governança em questão", disse Ortel.
Trump, por outro lado, não deve recorrer a respostas raivosas, mas sim exalar confiança, esperança e excelente humor, avalia o especialista. E é Biden quem terá a tarefa mais difícil com sua credibilidade pessoal despencando nas fileiras de seu próprio partido.

"Há um enorme vácuo de poder no Partido Democrata. Acredito que os insiders sabem que concorrer com Biden e Harris agora é como tentar vender lepra e câncer como um plano de dieta", enfatiza Ortel.

Biden entrou na disputa em terreno instável e, apesar dos quatro meses restantes antes da eleição presidencial, um mau desempenho no debate poderia dar um golpe fatal em suas chances de reeleição, argumenta Ortel.
Caso os democratas insistam em manter Biden, os Estados Unidos podem estar diante de uma vitória esmagadora de Trump, semelhante à de Ronald Reagan em 1980 e 1984, conforme o especialista.
Assim como o então presidente Jimmy Carter em 1980, a maioria dos norte-americanos em 2024 está muito pior agora do que estavam sob Trump antes da pandemia de COVID-19 e dos lockdowns, disse ele.
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O professor emérito de Política da California State University, Beau Grosscup, explicou à Sputnik que ambos tentarão permanecer fiéis às suas imagens estereotipadas, com Biden buscando parecer cauteloso e estadista, enquanto Trump o ataca agressivamente.
"Trump vai tentar provar que Biden é velho, Biden vai tentar provar que não é. Trump vai tentar evitar conexões com suas condenações, falências, papel em 6 de janeiro e status mental", disse Grosscup.
No entanto, a cautela na política externa, que funcionou bem para Biden em 2020, seria uma pedra no pescoço diante de tantas catástrofes globais e falhas na política dos EUA em seu histórico desde então. "Biden vai tentar evitar ser manchado com o genocídio israelense e com seu apoio à guerra na Ucrânia e com a deserção de muitos jovens de sua causa", disse Grosscup.
O democrata só precisa lutar por um empate entediante e evitar qualquer constrangimento, mas uma única falha pública por parte dele seria fatal politicamente. "Qual será a importância deste primeiro debate para a eleição? Muito pouca, a menos que haja um colapso total de Biden", finaliza Grosscup.
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