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Mídia: ações pessoais de Milei e Lula, e não de seus governos, levam Argentina e Brasil ao confronto
Mídia: ações pessoais de Milei e Lula, e não de seus governos, levam Argentina e Brasil ao confronto
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As atitudes dos dois chefes de Estado sul-americanos, e não de seus governos, levaram a situação entre os países vizinhos ao perigoso contexto atual, analisou... 05.07.2024, Sputnik Brasil
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Em meio à forte troca de farpas entre os presidentes, na segunda-feira (1º), por iniciativa do Brasil, os ministros das Relações Exteriores Mauro Vieira e Diana Mondino se falaram por telefone.O chanceler brasileiro, confirmaram fontes dos dois países, queria expressar "surpresa e desagrado" pela decisão de Javier Milei de cancelar sua presença na cúpula do Mercosul, dia 8 de julho, no Paraguai, mas, no mesmo fim de semana, participar de evento da extrema direita junto a Jair Bolsonaro em Santa Catarina.A resposta da chanceler argentina foi se desvincular das opções feitas por seu presidente, das quais, disse ao ministro brasileiro, sequer fora informada com antecipação. Naquele momento, ficou claro que a capacidade da diplomacia de conter uma escalada entre Milei e Luiz Inácio Lula da Silva chegará ao limite, escreve a coluna de Janaína Figueiredo no jornal O Globo.Desde que o argentino assumiu o poder, em dezembro passado, o Itamaraty e o Palácio San Martin fizeram notórios esforços para controlar os danos causados pelas graves ofensas de Milei ao brasileiro na campanha de 2023. Visita oficial da chanceler à Brasília e carta enviada por Milei pedindo encontro bilateral, mas que não teve resposta de Lula.O Brasil, por sua parte, apoiou Buenos Aires em organismos internacionais, e o Itamaraty realizou gestão frenética e eficiente para destravar o envio de gás ao mercado argentino no fim de maio, em meio a uma crise energética complexa para Milei.Os argentinos alegam que Milei tentou uma aproximação com Lula no encontro do G7 na Itália, e que o presidente brasileiro foi "frio e distante", ao mesmo tempo, os insultos do líder argentino contra o petista, durante sua campanha, foram muito fortes.E a situação pode piorar ainda mais se Milei reiterar as ofensas a Lula em território brasileiro, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. A reposta do Brasil será dura, e Brasília pode, pela primeira vez desde 1906, convocar seu embaixador na Argentina, Julio Bitelli.A última vez que isso aconteceu, comentam diplomatas brasileiros, foi por decisão do barão do Rio Branco, então ministro das Relações Exteriores do Brasil, em meio a tensões envolvendo a demarcação de fronteiras entre os dois países.
https://noticiabrasil.net.br/20240702/milei-descarta-presenca-na-cupula-do-mercosul-e-confirma-palestra-em-evento-bolsonarista-em-sc-35392580.html
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Mídia: ações pessoais de Milei e Lula, e não de seus governos, levam Argentina e Brasil ao confronto
13:33 05.07.2024 (atualizado: 13:34 05.07.2024) As atitudes dos dois chefes de Estado sul-americanos, e não de seus governos, levaram a situação entre os países vizinhos ao perigoso contexto atual, analisou o jornal O Globo, nesta sexta-feira (5).
Em meio à forte troca de farpas entre os presidentes, na segunda-feira (1º), por iniciativa do Brasil, os ministros das Relações Exteriores Mauro Vieira e Diana Mondino se falaram por telefone.
O chanceler brasileiro, confirmaram fontes dos dois países,
queria expressar "surpresa e desagrado" pela decisão de Javier Milei de cancelar sua presença na cúpula do Mercosul, dia 8 de julho, no Paraguai, mas, no mesmo fim de semana, participar de evento da extrema direita junto a Jair Bolsonaro em Santa Catarina.
A resposta da chanceler argentina foi se desvincular das opções feitas por seu presidente, das quais, disse ao ministro brasileiro,
sequer fora informada com antecipação. Naquele momento, ficou claro que a capacidade da diplomacia de conter uma escalada entre Milei e Luiz Inácio Lula da Silva chegará ao limite,
escreve a coluna de Janaína Figueiredo no jornal O Globo.
Desde que o argentino assumiu o poder, em dezembro passado, o
Itamaraty e o Palácio San Martin fizeram notórios esforços para controlar os danos causados pelas graves ofensas de Milei ao brasileiro na campanha de 2023. Visita oficial da chanceler à Brasília e carta enviada por Milei pedindo encontro bilateral,
mas que não teve resposta de Lula.
O Brasil, por sua parte,
apoiou Buenos Aires em organismos internacionais, e o Itamaraty realizou gestão frenética e eficiente
para destravar o envio de gás ao mercado argentino no fim de maio, em meio a uma crise energética complexa para Milei.
"A esta altura, dizem fontes dos dois lados, não adianta discutir sobre quem tem mais culpa. A realidade é que atitudes dos dois chefes de Estado, e não de seus governos, levaram a situação ao perigoso estado atual", escreve a colunista.
Os argentinos alegam que Milei tentou uma aproximação com Lula no encontro do G7 na Itália, e que o
presidente brasileiro foi "frio e distante", ao mesmo tempo,
os insultos do líder argentino contra o petista, durante sua campanha, foram muito fortes.
"A escalada entre os dois presidentes é vivida com preocupação por diplomatas e empresários. Ficou claro que futuros desdobramentos estão em mãos de Lula e Milei. O brasileiro não cede um milímetro em sua posição de exigir um pedido formal de perdão. Lula, dizem fontes brasileiras, 'está magoado'. Milei, como dizem seus colaboradores, está sendo Milei: passou da tentativa de um encontro ao ataque feroz. A impulsividade do presidente argentino não é novidade", escreve a colunista.
E a situação pode piorar ainda mais se Milei reiterar as ofensas a Lula em território brasileiro, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. A reposta do Brasil será dura, e Brasília pode, pela primeira vez desde 1906, convocar seu embaixador na Argentina, Julio Bitelli.
A última vez que isso aconteceu, comentam diplomatas brasileiros, foi por decisão do barão do Rio Branco, então ministro das Relações Exteriores do Brasil, em meio a tensões envolvendo a demarcação de fronteiras entre os dois países.
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