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França vai às urnas nas eleições mais disputadas em 40 anos; pesquisas apontam vitória da esquerda

© AP Photo / Jean-Francois BadiasUm assistente de seção eleitoral segura uma cédula de votação durante o segundo turno das eleições legislativas, em Schiltgheim. França, 7 de julho de 2024
Um assistente de seção eleitoral segura uma cédula de votação durante o segundo turno das eleições legislativas, em Schiltgheim. França, 7 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 07.07.2024
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Segundo turno das eleições para o Parlamento francês ocorre neste domingo (7). Primeiras sondagens apontam derrota de nacionalistas radicais para a esquerda.
Eleitores franceses foram às urnas neste domingo (7) no segundo turno das eleições parlamentares da França.
O pleito registrou um recorde de comparecimento; até uma hora antes do fechamento das urnas a taxa de participação de eleitores aptos a votar chegou a 59%. Segundo informou a Associated Press, é o maior percentual registrado desde 1981.
As eleições deste domingo são consideradas as mais decisivas pois as últimas sondagens apontavam possibilidade de vitória do partido nacionalista e anti-imigração Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, que venceu o primeiro turno, em 30 de junho, com 33,4% dos votos. A expectativa é que os primeiros resultados comecem a ser divulgados por vota das 22h (horário local, 17h no horário de Brasília).
As primeiras pesquisas de boca de urna, no entanto, apontam derrota de Le Pen, com o partido Nova Frente Popular (de esquerda) conquistando entre 180 e 215 cadeiras, o Juntos (centro), obtendo entre 150 a 180 cadeiras e o RN (ultrarradical) conquistando entre 120 e 150 cadeiras.
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Caso vencesse o segundo turno e conquistasse a maioria no Parlamento, seria a primeira vez que a França seria governada por uma vertente nacionalista ultrarradical desde a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial.
Ao longo do pleito, figuras influentes convocaram a população a votar contra o radicalismo. Uma delas foi o jogador de futebol Kylian Mbappé, capitão da seleção francesa, que passou os últimos dias alertando os jovens contra os "extremos".

"Somos uma geração que pode fazer a diferença. Podemos ver que os extremos estão batendo à porta do poder, e temos a oportunidade de moldar o futuro do nosso país", disse o jogador em uma coletiva.

Marine Le Pen se mantém cautelosa e informou que se pronunciará somente após o fechamento das urnas, duas horas após começarem a ser divulgados os primeiros resultados oficiais.
Apontado como possível futuro primeiro-ministro da França, o líder do Jordan Bardella, que substituiu Le Pen na liderança do RN, também informou que se pronunciará somente uma hora após o fechamento das seções eleitorais. A França tem um sistema semipresidencialista, no qual o presidente é eleito pelos cidadãos enquanto o primeiro-ministro representa o governo.
O presidente francês, Emmanuel Macron, cujo mandato encerra em 2027, decidiu antecipar as eleições legislativas após sofrer uma derrota para o RN nas eleições para o Parlamento Europeu. Neste domingo, pouco antes do fechamento das urnas, Macron convocou uma reunião com líderes de sua aliança.
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