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'Não sabemos nada sobre eles': mais de 6 mil palestinos estão desaparecidos devido à guerra em Gaza

© AP Photo / Hatem AliMenino palestino entre a destruição após ataques israelenses em Rafah. Faixa de Gaza, 15 de novembro de 2023
Menino palestino entre a destruição após ataques israelenses em Rafah. Faixa de Gaza, 15 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 12.07.2024
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Cerca de 6,4 mil palestinos foram dados como desaparecidos pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) desde o dia 7 de outubro de 2023, quando eclodiu a escalada de ataques contra a Faixa de Gaza. Essas pessoas continuam não sendo localizadas, segundo informações do órgão.
"Toda semana recebemos entre 500 e 2,5 mil ligações para nossas linhas diretas. A maioria delas são pedidos para encontrar parentes desaparecidos", disse a porta-voz do CICV, Sarah Davies.
As autoridades acreditam que muitas pessoas estão sob os escombros, enterradas sem identificação ou detidas em centros de detenção israelenses, enquanto outras foram separadas de familiares e entes queridos.
Além disso, segundo o CICV, só a partir de abril aproximadamente 1,1 mil casos de pessoas desaparecidas foram registrados, permanecendo sem solução.
"O número de ligações varia dependendo da situação em certas áreas de Gaza: se houver hostilidades perto de um grande número de pessoas ou se forem emitidas instruções de evacuação, os nossos telefonistas recebem mais chamadas com pedidos de busca nas horas e dias seguintes", conta Davies.
"Infelizmente, em situações tão caóticas, as pessoas podem facilmente se separar. As pessoas entram em pânico, às vezes está escuro e é difícil enxergar. Se houver explosões nas proximidades, as pessoas fogem e perdem-se umas das outras", acrescentou.
Além disso, segundo a porta-voz, quando as pessoas ficam feridas durante os ataques israelenses, são levadas de ambulância para o hospital, e em muitas ocasiões os seus familiares não sabem onde estão.
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"Não sabemos nada sobre eles", disse Muhammad Naji, um residente de Al-faluja, norte de Gaza, que perdeu 23 membros da sua família quando o edifício de três andares onde viviam foi destruído por um ataque aéreo israelense.
"O prédio inteiro desabou sobre suas cabeças. Eles estão mortos? Eles estão vivos? Ninguém pode nos dizer nada. Se meus primos estão mortos, queremos enterrá-los. Não podemos pensar ou entender", disse ele.
"Não sou o único que tem parentes desaparecidos. Muitas pessoas aqui têm o mesmo problema", acrescentou Naji.
Desde 7 de outubro, após o ataque do Hamas contra Israel, que deixou cerca de 1,1 mil pessoas mortas e mais de 5,5 mil feridos, o Exército israelense ocupa Gaza.
A represália conta com uma série de bombardeios e ataques terrestres, que até agora mataram mais de 38,2 mil palestinos e feriram mais de 86,8 mil. Além disso, mais de 8,7 mil palestinos em Gaza foram dados como desaparecidos, segundo dados do CICV.
Destes, segundo a organização, cerca de 2,3 mil casos foram resolvidos até agora, ou seja, as famílias encontraram seus parentes, vivos ou mortos.
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