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'Não há solução se não conversar com todas as partes', defende Marinho sobre paz na Ucrânia (VÍDEO)

© Sputnik BrasilO ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (ao centro), em mesa no Palácio do Itamaraty, durante coletiva de imprensa. Rio de Janeiro (RJ), 19 de julho de 2024
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (ao centro), em mesa no Palácio do Itamaraty, durante coletiva de imprensa. Rio de Janeiro (RJ), 19 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 19.07.2024
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Em meio à presidência rotativa do Brasil no G20, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, comentou as tensões globais, o protagonismo do país em apoiar negociações de paz e o balanço do grupo que discute soluções para a empregabilidade.
"A única ferramenta mais eficiente é o diálogo e a conversa." Sob essa tônica, o Brasil tem atuado no G20 em um dos momentos mais desafiadores da humanidade, com o temor da escalada de um conflito maior no Oriente Médio e as tensões na Ucrânia, afirmou à Sputnik Brasil o ministro Marinho. Diante da falta de efetividade das ações de representações como a Organização das Nações Unidas (ONU) e também das potências do Norte Global em buscar soluções, o país investe em uma agenda de paz e conciliação.

"O Brasil busca liderar neste momento o G20 para colaborar com a diminuição das tensões. Se as partes que estão em conflito não conversarem, não haverá solução. Então sempre preconizamos que é preciso dialogar, conversar e discutir os problemas existentes para encontrar uma solução. Sem isso, os conflitos vão continuar, até porque muitas vezes as forças equivalem e elas se estendem. Não faz nenhum sentido ver pessoas inocentes morrendo por conta de situações que podem ser conversadas em uma mesa de negociação. É o que buscamos, esperamos que seja aquele ditado de 'água mole em pedra dura tanto bate até que fura', para que as lideranças globais entendam que é preciso sentar e resolver os problemas", defende o ministro.

Em 2023, a presidência rotativa do G20 esteve com a Índia, que passou o bastão para o Brasil no fim do ano passado — e a próxima será a África do Sul. Países que fazem parte do BRICS, o trio também faz coro pela reforma da governança global e pela defesa de um mundo cada vez mais multilateral. Segundo Marinho, os governos buscam realizar um diálogo sobre a questão. "Esperamos que vá surtir efeito e influencie para a gente avançar. É muita conversa, não tem outra ferramanta", afirma.

Proposta de Brasil e China para a paz na Ucrânia

Em maio, Brasil e China apresentaram uma proposta conjunta para negociações de paz com a participação de Rússia e Ucrânia, também como resposta à cúpula sobre Kiev na Suíça, que não teve um convite oficial para Moscou. Entre seis pontos, os dois países se colocaram à disposição para atuar como mediadores, proposta vista com bons olhos pela Rússia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a ser chamado para participar do debate sem representantes russos, mas rejeitou.
"Desde o começo, o presidente Lula tem defendido que não há solução se não conversar com as partes envolvidas. Teve uma tentativa de cúpula de paz sem a Rússia, o presidente falou que não iria. Porém, se colocassem os dois países juntos, se dispõe a ir em qualquer lugar, independentemente de quem lidere. E creio que essa seja a mensagem de Brasil e China, de que é preciso colocar as partes envolvidas para conversar e encontrar uma solução de paz", acrescenta.
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Inteligência artificial e impactos no mercado de trabalho

Para além dos temas relacionados à geopolítica, o ministro Luiz Marinho comentou a situação do mercado de trabalho global e a preocupação com a questão da inteligência artificial.

"Esse é um debate intenso nos países, e terão muitas revoluções que ainda nem sabemos que vão acontecer. Essa é uma discussão necessária, e os países do G20 vêm refletindo isso. É preciso que se faça um debate ético, para pensar como regular [sobre] isso. No Brasil tem um debate tramitando no Congresso Nacional e também com relação aos trabalhadores por aplicativo. É o estágio de um processo, e queremos buscar regulamentar esse processo para resguardar direitos, não simplesmente a informalidade tal como ela é conhecida, sem qualquer direito dos trabalhadores", finaliza.

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