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Rússia e China rebatem Pentágono sobre parceria no Ártico: 'Não é dirigida contra nenhum país'

© Sputnik / Ilya TiminUma vista mostra o quebra-gelo nuclear 50 Years of Victory durante uma viagem turística ao Polo Norte, Ártico, 8 de julho de 2024
Uma vista mostra o quebra-gelo nuclear 50 Years of Victory durante uma viagem turística ao Polo Norte, Ártico, 8 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 23.07.2024
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Segundo o porta-voz do Kremlin, a cooperação entre Rússia e China no Ártico não visa afetar nenhum outro país e estão em conformidade com os princípios básicos do direito internacional, acrescentando que as críticas dos Estados Unidos a tal trabalho eram equivocadas.
Na segunda-feira (22), o Pentágono lançou um relatório afirmando que Moscou e Pequim estão cada vez mais elevando sua parceria na região polar, ação que pode impactar a estabilidade regional.
Quando questionado sobre o documento nesta terça-feira (23), o Kremlin disse que parte do relatório "tinha um tom de confronto" e que a cooperação visava apenas promover a previsibilidade.

"A cooperação russo-chinesa na zona ártica só pode contribuir para um clima de estabilidade e previsibilidade no Ártico, porque nunca [foi] dirigida contra qualquer país terceiro ou grupo de países terceiros, mas apenas quer proteger estes países e melhorar o bem-estar das pessoas de ambos os Estados", disse o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, a repórteres.

O documento do Pentágono ainda observou que a Rússia reabriu centenas de instalações militares da época da região soviética, enquanto a China está de olho em recursos minerais e novas rotas de navegação.
"O Ártico também é uma área estratégica para o nosso país", acrescentou Peskov, garantindo que "a Rússia adota uma posição responsável e faz a sua parte para que o Ártico não se torne um território de discórdia e escalada de tensão", complementou.
Militar da Brigada de Infantaria Motorizada Separada da Frota do Norte da Rússia atira durante exercícios militares na vila de Pechanga, na região de Murmansk, na Rússia, em 13 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 27.06.2024
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Já o lado chinês, através da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que "Pequim tem participado dos assuntos do Ártico em conformidade com os princípios básicos de respeito à cooperação vantajosa para todos e ao desenvolvimento sustentável e fortaleceu a cooperação com outras partes para manter a paz e a estabilidade".

"Os EUA deturparam a política do Ártico da China e apontaram o dedo para as atividades normais da China no Ártico conduzidas em total conformidade com a lei internacional. Isso não é propício a paz, estabilidade e cooperação no Ártico. A China se opõe firmemente a isso", afirmou a porta-voz, citada pela chancelaria chinesa.

O relatório do Pentágono acrescentou que os militares dos EUA tinham uma estratégia de "monitorar e responder" na região, baseada na coleta de informações, na cooperação com aliados e na capacidade de mobilizar recursos militares.
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