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Copom se reúne para debater Selic; centrais sindicais protestam por redução de juros (FOTOS, VÍDEOS)

© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme CorreiaCentrais sindicais protestam contra taxas de juros durante manifestação em São Paulo (SP), em 30 de julho de 2024
Centrais sindicais protestam contra taxas de juros durante manifestação em São Paulo (SP), em 30 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2024
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Nesta terça-feira (30), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central faz sua quinta reunião do ano para discutir a taxa básica de juros, a Selic. Em paralelo, centrais sindicais realizarão protestos em 11 capitais brasileiras, exigindo a redução da taxa, atualmente em 10,5% ao ano.
Desde o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, em janeiro de 2023, a taxa Selic foi reduzida de 13,75% para 10,5% ao ano, em maio de 2024. Em sua última reunião, em junho, o Copom decidiu manter a Selic nesse patamar, citando riscos de alta da inflação e descontrole fiscal. Sob justificativa de cumprir a responsabilidade fiscal, o governo anunciou um corte de R$ 15 bilhões no Orçamento, mas a inflação continua a subir, aproximando-se do teto da meta.
Economistas de instituições financeiras esperam que a Selic permaneça em 10,5% ao ano até o final de 2024. No entanto centrais sindicais argumentam que há espaço para cortes, defendendo que a redução dos juros é crucial para gerar empregos no país.
Os atos, organizados por diversas centrais sindicais, como CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Intersindical e Pública, acontecem sob o lema "Menos Juros, Mais Empregos". As manifestações ocorrerão em várias capitais: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Belém, João Pessoa, Recife, Salvador e Teresina.
Diretor do Bancários na Luta e da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Mané Gabeira criticou a política de Roberto Campos Neto, presidente do BC. Segundo ele, a taxa de juros atende a interesses puramente econômicos, sobretudo de investidores estrangeiros.

"O presidente tem boicotado o governo, apesar de todos os dados econômicos, como superávit, balança comercial, taxa de juros, terem caído, a inflação caiu. Mas ele insiste em manter uma taxa de juros que não condiz com a realidade, inclusive do mercado internacional", disse ele à Sputnik Brasil durante manifestação em São Paulo (SP).

A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Quando a Selic aumenta, empréstimos e financiamentos ficam mais caros, o que desestimula o consumo e os investimentos. Por outro lado, quando a Selic cai, o crédito se torna mais acessível, incentivando o consumo e os investimentos, o que pode gerar crescimento econômico e emprego, mas também pressionar a inflação para cima.
Os protestos começaram cedo, com ações previstas ao longo do dia em várias cidades. Em Brasília, houve panfletagem a partir das 07h00 no Eixo L Sul, em frente ao Banco Central, e haverá outra às 16h00 na Plataforma Superior do Conjunto Nacional. Em São Paulo, a manifestação se iniciou por volta das 10h00, em frente ao BC na Avenida Paulista, enquanto no Rio de Janeiro o ato acontece das 11h00 às 13h00 no Largo da Carioca. Outras capitais também terão suas mobilizações em horários variados.
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