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Mídia: Lula comenta eleições na Venezuela pela 1ª vez; Amorim defende cautela ao retornar de Caracas

© AP Photo / Fernando VergaraO presidente Nicolás Maduro discursa para apoiadores reunidos do lado de fora do palácio presidencial de Miraflores depois que as autoridades eleitorais o declararam vencedor da eleição presidencial. Caracas, Venezuela, 29 de julho de 2024
O presidente Nicolás Maduro discursa para apoiadores reunidos do lado de fora do palácio presidencial de Miraflores depois que as autoridades eleitorais o declararam vencedor da eleição presidencial. Caracas, Venezuela, 29 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2024
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou pela primeira vez o resultado da eleição presidencial da Venezuela, em uma entrevista exclusiva à TV Centro América, em Mato Grosso, nesta terça-feira (30). O pleito foi realizado no último domingo (28).

"É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido de que é um processo normal, tranquilo", declarou.

Ele enfatizou que o reconhecimento do resultado depende da apresentação das atas.

"Na hora que tiver apresentado as atas e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela", declarou Lula.

Sobre o posicionamento do PT de reconhecer o resultado das eleições na Venezuela, Lula disse que não há nada "grave" nem "assustador" no processo eleitoral venezuelano:

"O PT reconheceu, a nota do Partido dos Trabalhadores reconhece, elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houve. E ao mesmo tempo ele reconhece que o colégio eleitoral, o tribunal eleitoral já reconheceu o Maduro como vitorioso, mas a oposição ainda não. Então tem um processo. Não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Eu vejo a impresa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e poucos por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça, e a Justiça faz [a melhor avaliação]."

Amorim volta da Venezuela e defende 'cautela' do Brasil

Já o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, retornou nesta tarde da Venezuela, após encontros com o governo e a oposição, e defendeu que o governo brasileiro "tem que ir com cautela" sobre o posicionamento a respeito do resultado da reeleição de Nicolás Maduro.
De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale no jornal O Globo, Amorim conversou com Lula em várias ocasiões enquanto esteve no país vizinho:

"Temos que ir com cautela, porque o Brasil, com o México e a Colômbia, tem enorme capacidade de influência. São os três maiores países da América Latina, que têm uma visão mais progressista e que poderão ajudar a construir uma solução rumo à pacificação. Temos que caminhar em busca de pacificar", disse o assessor especial à coluna.

A mídia afirmou ainda que o assessor de Lula descreveu a situação na Venezuela como "muito difícil" e destacou que é preciso "haver boa vontade".
Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2024
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"Houve eleição, e durante o período do pleito o ambiente estava tranquilo. Depois aconteceram distúrbios. Estive com Maduro e destaquei a importância da publicação das atas. Ele me disse que as atas serão publicadas logo", afirmou.
Amorim disse ainda que quando chegou ao Palácio do Planalto, Lula estava em uma ligação com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
No pleito venezuelano, as atas são boletins em que são registrados os votos em cada urna. De acordo com o Comitê Nacional Eleitoral (CNE), Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos.
A eleição do último domingo (28) levou Maduro ao terceiro mandato presidencial. O anúncio dos resultados desencadeou confrontos entre apoiadores da oposição e a polícia na capital, Caracas, e em outras regiões do país. Pelo menos 15 pessoas foram detidas por suspeita de vandalismo. O governo venezuelano acusou vários países de interferência eleitoral.
Além disso, o ministro disse que durante os protestos um soldado foi morto, enquanto outros 23 soldados e 25 policiais ficaram feridos.
De acordo com o o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, quase 750 pessoas foram detidas na Venezuela durante os protestos, algumas delas acusadas de incitação ao ódio e ao terrorismo.
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