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Seul diz que 'não é apropriado' comentar presença de mercenários sul-coreanos na Ucrânia

© Sputnik / Evgeny BiyatovUm militar russo do 1º Exército de Tanques de Guardas do Grupo de Forças Oeste dirige um veículo de combate de infantaria BMP-3 no setor de Kupyansk da linha de frente em meio à operação militar da Rússia na Ucrânia
Um militar russo do 1º Exército de Tanques de Guardas do Grupo de Forças Oeste dirige um veículo de combate de infantaria BMP-3 no setor de Kupyansk da linha de frente em meio à operação militar da Rússia na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 14.08.2024
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Questionada sobre a presença de mercenários sul-coreanos que atuam pelas Forças Armadas da Ucrânia, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul disse à Sputnik nesta quarta-feira (14) que Seul não considera "apropriado" fazer comentários sobre a questão.

"Não é apropriado que o Ministério das Relações Exteriores responda ao conteúdo da sua pergunta. No momento, não temos nada a compartilhar com vocês", disse a fonte ao ser questionada a respeito de um relatório que aponta a possível presença de mercenários sul-coreanos na Ucrânia.

No fim do último mês, o grupo de hackers RaHDit publicou dados de mais de 3,2 mil mercenários estrangeiros que atuam nas fileiras das Forças Armadas da Ucrânia. De acordo o levantamento, os cidadãos de países ocidentais estão entre a maioria das pessoas, mas também há efetivos de Japão, China (incluindo Taiwan), Índia, Coreia do Sul, Nepal, Vietnã, Filipinas e Papua-Nova Guiné.
Com relação a dois mercenários, cuja nacionalidade foi identificada como sul-coreana, o RaHDit também publicou os números de seus passaportes estrangeiros. Outros dois têm a nacionalidade registrada como Coreia e Coreia do Norte, e o local de residência de uma terceira pessoa, com uma foto anexa, é chamado Busan, na Coreia do Sul.
Outro mercenário indicou em suas redes sociais como local de residência Seul, embora, de acordo com as fotos publicadas, morasse na Suécia e tenha participado do conflito ao lado do Exército ucraniano como parte de um dos "destacamentos de voluntários". Posteriormente, os meios de comunicação norte-americanos reconheceram que os militantes desse destacamento mataram brutalmente um prisioneiro russo que pedia assistência médica.
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No início da operação militar especial na Ucrânia, o RaHDit hackeou simultaneamente todos os 755 sites do governo ucraniano. O grupo também publicou dados sobre os oficiais da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que atuam contra a Rússia no ciberespaço, além de informações sobre os 1,5 mil funcionários ativos do Serviço de Inteligência Exterior da Ucrânia, incluindo aqueles que trabalhavam disfarçados em mais de 20 países.
Em declaração à Sputnik, sob condição de anonimato, um membro do grupo revelou que foi estabelecido um canal para transmitir dados sobre as ações do Exército ucraniano que estavam à disposição para serem enviados às Forças Armadas russas.
Segundo dados do Ministério da Defesa da Rússia divulgados em março, pelo menos 15 mercenários da Coreia do Sul estiveram na Ucrânia desde o início do conflito, e cinco deles foram eliminados.
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Ao mesmo tempo, a pasta informou que, em junho de 2022, cerca de 13 mercenários sul-coreanos visitaram a Ucrânia. Desse total, oito desapareceram, quatro foram eliminados e um permaneceu no país. Com isso, no último ano e meio Kiev conseguiu recrutar apenas dois mercenários da Coreia do Sul, e um deles aparentemente morreu.
Também não há informações se existem mercenários sul-coreanos na Ucrânia atualmente. Já o Ministério das Relações Exteriores do país asiático declarou, no início da operação especial, que nove sul-coreanos decidiram lutar ao lado de Kiev na época. Um deles, como se revelou mais tarde, era um fuzileiro naval ativo, que logo foi expulso para a Polônia e retornou para casa um mês depois.
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