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Novas condições de Israel 'arruinaram' o acordo de cessar-fogo com Hamas, diz analista

© AP Photo / Abdel Kareem HanaPalestinos deslocados pela ofensiva aérea e terrestre israelense na Faixa de Gaza fogem da cidade de Hamad, após uma ordem de evacuação do Exército israelense para deixar partes da área sul de Khan Yunis, em 11 de agosto de 2024
Palestinos deslocados pela ofensiva aérea e terrestre israelense na Faixa de Gaza fogem da cidade de Hamad, após uma ordem de evacuação do Exército israelense para deixar partes da área sul de Khan Yunis, em 11 de agosto de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 20.08.2024
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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu acrescentou novas condições inaceitáveis ao acordo de cessar-fogo e troca de reféns proposto que foi elaborado em Doha anteriormente, declarou o Hamas no domingo (18), levando as negociações a um novo impasse.
As novas condições constantemente apresentadas por Israel são a principal razão pela qual um acordo viável de cessar-fogo e troca de reféns com o Hamas ainda não está à vista, disse o dr. Ali Mamouri, pesquisador da Universidade Deakin, à Sputnik.

"Israel é a principal razão para o atraso, pois adiciona novas condições constantemente. [...] O porta-voz do Hamas também disse no início desta semana que o Hamas havia concordado com a proposta recente de [Joe] Biden, mas [Benjamin] Netanyahu adicionou novas condições, arruinando o acordo. A única parte que pode levar o acordo adiante são os EUA, colocando pressão suficiente sobre Israel para finalizá-lo, mas parece que o governo Biden não está disposto ou não tem poder suficiente para fazê-lo", disse o analista.

As negociações entre o governo israelense e o Hamas sobre um acordo de cessar-fogo para Gaza estão no limbo mais uma vez, apesar de a Casa Branca se gabar sobre "progresso significativo" ter sido feito durante as negociações em Doha.
Depois de receber a proposta atualizada dos EUA para um acordo na sexta-feira (16), o Hamas culpou o primeiro-ministro israelense por "ainda colocar obstáculos no caminho para chegar a um acordo" e "estabelecer novas condições e demandas com o objetivo de minar os esforços dos mediadores e prolongar a guerra".
O Hamas disse que as negociações de cessar-fogo que estavam programadas para acontecer no Catar nesta semana eram um erro já que uma nova rodada de negociações deve acontecer no Egito na próxima quarta-feira (21).
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No que diz respeito a Netanyahu, "tudo o que lhe importa é sua carreira política, seu futuro e preocupações sobre possível processo devido a alegações de corrupção e falha na gestão de segurança na violação de paz de 7 de outubro de 2023, sem mencionar o caso de genocídio em andamento no Tribunal Penal Internacional [TPI] contra ele", observou o Mamouri, que já atuou como consultor de comunicação estratégica do primeiro-ministro iraquiano de 2020 a 2022.
Todo o otimismo na mídia em torno das negociações de Doha foi um "erro de cálculo e má interpretação" dos desenvolvimentos reais, segundo o analista uma vez que a substituição do líder político do Hamas, Ismail Haniya — após seu assassinato durante um ataque israelense em Teerã — pelo mais "linha-dura" Yahya Sinwar também foi um sinal revelador de que "nenhum acordo ocorrerá em breve".
A única maneira de reverter o estado atual das negociações é a comunidade internacional "colocar séria pressão sobre Israel" e "empurrá-lo em direção a uma solução abrangente para esse conflito de longo prazo", enfatizou o especialista.
"Ao mesmo tempo, as potências internacionais e regionais precisam ajudar os palestinos a se unirem e entrarem em negociações sérias para acabar com o conflito para sempre. A China ter intermediado um acordo entre facções palestinas foi um movimento positivo que deve ser encorajado e desenvolvido ainda mais. Envolver forças regionais como a Arábia Saudita e a Turquia também ajudará a levar um acordo real adiante", acrescentou o dr. Mamouri.
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