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Analista: novo sistema de relações internacionais está se formando no Sahel após golpes de Estado
Analista: novo sistema de relações internacionais está se formando no Sahel após golpes de Estado
Sputnik Brasil
Um novo sistema sub-regional de relações internacionais começou a se formar no Sahel após os golpes de Estado em Burkina Faso, Níger e Mali, disse Nikita... 21.08.2024, Sputnik Brasil
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De acordo com ele, os países do Sahel desenvolveram em pouco tempo um modelo de cooperação coletiva baseado em abordagens diferentes das europeias.Em sua opinião, a principal conclusão é que os novos regimes militares nos países do Sahel acabaram conseguindo provar sua sustentabilidade, e até mesmo ter um amplo apoio popular.Isso se deve, entre outras razões, ao fato de esses países precisarem de fortalecer sua soberania, segurança e desenvolver o setor social.Assim, em 2019 pela primeira vez foi realizada uma cúpula Rússia-África em Sochi, reunindo quase todos os líderes de um dos maiores continentes para discutir a cooperação econômica com a Rússia. A segunda cúpula ocorreu em julho de 2023, em São Petersburgo.Ao mesmo tempo, o Ocidente perdeu muito durante os últimos anos por causa desses processos, mas "isso não é motivo para descartá-lo completamente, nem anula suas relações com os países do continente".O especialista atribuiu a redução da presença do Ocidente na África ao fato de o antigo modelo de interação, quando os países ocidentais exportavam recursos brutos da África e, assim, alimentavam suas economias, não estar mais funcionando.Os países africanos estão adaptando sua legislação de acordo com as exigências da época e levando em conta as ofertas mais favoráveis apresentadas por novos parceiros, razão pela qual a concorrência no continente está se intensificando e assumindo novas formas.De 2021 até 2023 os militares chegaram ao poder em três países do Sahel: o Mali, Burkina Faso e o Níger. Os novos governos começaram a repensar a política externa e suas relações com as antigas metrópoles e os Estados Unidos.As novas autoridades exigiram que os contingentes militares estrangeiros dos EUA e da França saíssem de seus países.
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Analista: novo sistema de relações internacionais está se formando no Sahel após golpes de Estado
Um novo sistema sub-regional de relações internacionais começou a se formar no Sahel após os golpes de Estado em Burkina Faso, Níger e Mali, disse Nikita Panin, especialista do Centro de Estudos Africanos da Escola Superior de Economia russa, à Sputnik.
De acordo com ele, os países do Sahel desenvolveram em pouco tempo um modelo de cooperação coletiva baseado em
abordagens diferentes das europeias.
"Elas diferem dos fundamentos neofuncionais que foram ideologicamente formados nos países ocidentais e aperfeiçoados nos exemplos da integração europeia, sobre os quais a maioria das integrações africanas também é construída. Portanto, estamos vendo agora ali um novo modelo sub-regional de relações internacionais tomando forma gradualmente", disse.
Em sua opinião, a principal conclusão é que os novos regimes militares nos países do Sahel acabaram conseguindo provar sua sustentabilidade, e até mesmo ter um amplo apoio popular.
"Além disso, isso foi feito com uma revisão radical dos fundamentos da política externa desses países e, ainda mais importante, das prioridades do desenvolvimento nacional e das abordagens para atingir essas metas", acrescentou, sublinhando a virada desses países das antigas metrópoles para a Rússia.
Isso se deve, entre outras razões, ao fato de esses países precisarem de fortalecer sua soberania, segurança e desenvolver o setor social.
"Esses países viram a Rússia como um parceiro compreensivo e pragmático", disse.
Assim, em 2019 pela primeira vez foi realizada uma cúpula Rússia-África em Sochi, reunindo quase todos os líderes de um dos maiores continentes para discutir a cooperação econômica com a Rússia. A segunda cúpula ocorreu em julho de 2023, em São Petersburgo.
Ao mesmo tempo, o Ocidente perdeu muito durante os últimos anos por causa desses processos, mas "isso não é motivo para descartá-lo completamente, nem anula suas relações com os países do continente".
O especialista atribuiu a redução da presença do Ocidente na África ao fato de o
antigo modelo de interação, quando os países ocidentais exportavam recursos brutos da África e, assim, alimentavam suas economias,
não estar mais funcionando.
Os países africanos estão adaptando sua legislação de acordo com as
exigências da época e levando em conta as ofertas mais favoráveis apresentadas por novos parceiros, razão pela qual a concorrência no continente está se intensificando e assumindo novas formas.
"Não se pode descartar outros atores que, na verdade, não são menos importantes: seja o Japão ou a Coreia do Sul, a Turquia ou o Brasil. Cada país tem seu próprio paradigma de relações com a África, seus próprios pontos de vista e suas próprias abordagens. E isso, é claro, cria um vórtice bastante complexo de relações internacionais com os países do continente, no qual é preciso ser capaz de se encaixar corretamente", concluiu.
De 2021 até 2023 os militares chegaram ao poder em três países do Sahel: o Mali, Burkina Faso e o Níger. Os novos governos começaram a repensar a política externa e suas relações com as antigas metrópoles e os Estados Unidos.
As novas autoridades exigiram que os contingentes militares estrangeiros dos EUA e da França saíssem de seus países.
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