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Chefe da AIEA alerta: corrida global por armas nucleares atinge alta recorde desde a Guerra Fria
Chefe da AIEA alerta: corrida global por armas nucleares atinge alta recorde desde a Guerra Fria
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Desde o fim da Guerra Fria, o regime de não proliferação de armas nucleares não sofria tamanha pressão por parte dos Estados, disse o chefe da Agência... 26.08.2024, Sputnik Brasil
2024-08-26T06:43-0300
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O regime de não proliferação nuclear do mundo está sob maior pressão do que em qualquer outro momento desde o fim da Guerra Fria, já que países "importantes" estavam debatendo abertamente se deveriam desenvolver armas atômicas, alertou o chefe do órgão de fiscalização da ONU. De acordo com Financial Times (FT), Grossi afirmou que as relações tensas entre os EUA, Rússia e China, bem como o conflito no Oriente Médio, estavam colocando tensões sem precedentes no tratado de não proliferação nuclear (TNP) assinado em 1968, que visava limitar o desenvolvimento do arsenal atômico mundial. Segundo o chefe da AIEA, há vários fatores contribuindo para o interesse renovado no desenvolvimento de armas nucleares entre alguns países, embora não tenha querido citar nenhum nominalmente. Teerã insiste que seu programa nuclear é para fins pacíficos e civis. Mas nos últimos meses, quando a guerra Israel-Hamas desencadeou uma onda de hostilidades regionais, autoridades iranianas alertaram que a república poderia mudar sua doutrina caso se sentisse ameaçada. A AIEA, que continua a ter inspetores na república, diz que não tem evidências de que o Irã esteja buscando desenvolver ou avançar para um programa de armas. O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, também aumentou a temperatura ao dizer publicamente que um programa de armas nucleares pode ser necessário para conter a ameaça da Coreia do Norte com armas nucleares, e em Bruxelas, o líder do Partido Popular Europeu de centro-direita, pediu que a Europa construísse mais dissuasão contra a Rússia.
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Chefe da AIEA alerta: corrida global por armas nucleares atinge alta recorde desde a Guerra Fria
Desde o fim da Guerra Fria, o regime de não proliferação de armas nucleares não sofria tamanha pressão por parte dos Estados, disse o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, à mídia britânica.
O regime de não proliferação nuclear do mundo
está sob maior pressão do que em qualquer outro momento desde o fim da Guerra Fria, já que
países "importantes" estavam debatendo abertamente se deveriam desenvolver armas atômicas, alertou o chefe do órgão de fiscalização da ONU.
De
acordo com Financial Times (FT), Grossi afirmou que as
relações tensas entre os EUA, Rússia e China, bem como o
conflito no Oriente Médio, estavam colocando tensões sem precedentes no tratado de não proliferação nuclear (TNP) assinado em 1968, que visava limitar o desenvolvimento do arsenal atômico mundial.
"Não acho que na década de 1990 você ouviria países importantes dizerem: 'bem, por que não temos armas nucleares também?'", disse ele, destacando que "esses países estão tendo uma discussão pública sobre isso, o que não era o caso antes. Eles estão dizendo isso publicamente. Eles estão dizendo isso para a imprensa. Chefes de Estado se referiram à possibilidade de repensar tudo isso."
Segundo o
chefe da AIEA, há vários fatores contribuindo para o
interesse renovado no desenvolvimento de armas nucleares entre alguns países, embora não tenha querido citar nenhum nominalmente.
29 de dezembro 2023, 08:43
O professor assistente no Dartmouth College, Nicholas Miller, disse à apuração do FT que existe "uma competição geopolítica mais intensa entre grandes potências" no momento, e que, por "estarem ocupadas competindo com seus rivais" a proliferação nuclear tem sua discussão reacendida, citando o Irã como o maior risco potencial nesta matéria.
Teerã insiste que seu
programa nuclear é para fins pacíficos e civis. Mas nos últimos meses, quando a guerra Israel-Hamas desencadeou uma onda de hostilidades regionais, autoridades iranianas alertaram que a república poderia mudar sua doutrina caso se sentisse ameaçada.
A AIEA, que continua a ter inspetores na república, diz que não tem evidências de que o Irã esteja buscando desenvolver ou avançar para um programa de armas.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, também
aumentou a temperatura ao dizer publicamente que um programa de armas nucleares
pode ser necessário para conter a ameaça da Coreia do Norte com armas nucleares, e em Bruxelas, o líder do Partido Popular Europeu de centro-direita, pediu que a Europa construísse
mais dissuasão contra a Rússia.
Grossi disse que a AIEA tem falado com os países e enfatizado a importância do regime de não proliferação. "Temos que garantir que reforçamos o regime porque não acho que adicionar mais Estados com armas nucleares tornará a situação atual melhor", disse ele.
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