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Chefe da AIEA alerta: corrida global por armas nucleares atinge alta recorde desde a Guerra Fria

© AP Photo / ArquivoFoto de explosão de arma nuclear, realizada em 1945, em Alamagordo, nos Estados Unidos da América
Foto de explosão de arma nuclear, realizada em 1945, em Alamagordo, nos Estados Unidos da América - Sputnik Brasil, 1920, 26.08.2024
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Desde o fim da Guerra Fria, o regime de não proliferação de armas nucleares não sofria tamanha pressão por parte dos Estados, disse o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, à mídia britânica.
O regime de não proliferação nuclear do mundo está sob maior pressão do que em qualquer outro momento desde o fim da Guerra Fria, já que países "importantes" estavam debatendo abertamente se deveriam desenvolver armas atômicas, alertou o chefe do órgão de fiscalização da ONU.
De acordo com Financial Times (FT), Grossi afirmou que as relações tensas entre os EUA, Rússia e China, bem como o conflito no Oriente Médio, estavam colocando tensões sem precedentes no tratado de não proliferação nuclear (TNP) assinado em 1968, que visava limitar o desenvolvimento do arsenal atômico mundial.
"Não acho que na década de 1990 você ouviria países importantes dizerem: 'bem, por que não temos armas nucleares também?'", disse ele, destacando que "esses países estão tendo uma discussão pública sobre isso, o que não era o caso antes. Eles estão dizendo isso publicamente. Eles estão dizendo isso para a imprensa. Chefes de Estado se referiram à possibilidade de repensar tudo isso."
Segundo o chefe da AIEA, há vários fatores contribuindo para o interesse renovado no desenvolvimento de armas nucleares entre alguns países, embora não tenha querido citar nenhum nominalmente.
Explosão nuclear (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2023
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O professor assistente no Dartmouth College, Nicholas Miller, disse à apuração do FT que existe "uma competição geopolítica mais intensa entre grandes potências" no momento, e que, por "estarem ocupadas competindo com seus rivais" a proliferação nuclear tem sua discussão reacendida, citando o Irã como o maior risco potencial nesta matéria.
Teerã insiste que seu programa nuclear é para fins pacíficos e civis. Mas nos últimos meses, quando a guerra Israel-Hamas desencadeou uma onda de hostilidades regionais, autoridades iranianas alertaram que a república poderia mudar sua doutrina caso se sentisse ameaçada.
A AIEA, que continua a ter inspetores na república, diz que não tem evidências de que o Irã esteja buscando desenvolver ou avançar para um programa de armas.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, também aumentou a temperatura ao dizer publicamente que um programa de armas nucleares pode ser necessário para conter a ameaça da Coreia do Norte com armas nucleares, e em Bruxelas, o líder do Partido Popular Europeu de centro-direita, pediu que a Europa construísse mais dissuasão contra a Rússia.
Grossi disse que a AIEA tem falado com os países e enfatizado a importância do regime de não proliferação. "Temos que garantir que reforçamos o regime porque não acho que adicionar mais Estados com armas nucleares tornará a situação atual melhor", disse ele.
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