Indústria dos EUA busca aliviar aumentos de tarifas de Biden a produtos da China, diz mídia
© AP Photo / Carlos OsorioVeículos se movem ao longo da linha de montagem do Chevrolet Bolt EV e EUV 2023 na General Motors Orion Assembly em Lake Orion, Michigan, 15 de junho de 2023
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A administração Biden-Harris deve anunciar nesta semana os planos finais de implementação para os aumentos de tarifas sobre certas importações chinesas, mas a indústria dos EUA gostaria de suavizar muitas das taxas planejadas.
De acordo com a Reuters, fabricantes de veículos elétricos (VE) a equipamentos de utilidade elétrica pediram que as taxas de tarifas mais altas fossem reduzidas, adiadas ou abandonadas, e que as possíveis exclusões fossem expandidas e de forma mais ampla.
Ainda em maio, o presidente norte-americano Joe Biden anunciou uma quadruplicação das tarifas sobre VEs chineses para 100%, uma duplicação das taxas sobre semicondutores e células solares para 50%, bem como novas tarifas de 25% sobre baterias de íons de lítio e outros bens estratégicos, incluindo aço, para proteger as empresas dos EUA do que os analistas do governo justificam ser um excesso de produção chinesa.
Apesar de toda a preocupação da Casa Branca, a implementação das tarifas foi adiada de agosto para setembro para analisar uma reação do mercado antes de tomar a decisão final.
Se o setor industrial dos EUA conseguir aliviar algumas das tarifas, esta será a primeira grande decisão comercial do governo desde que a vice-presidente Kamala Harris surgiu como indicada presidencial do Partido Democrata, o que pode apontar para uma posição mais branda dos democratas em relação à China contrastando com a posição republicana do candidato à reeleição, Donald Trump, que prometeu atingir as importações chinesas de forma mais dura.
A China, que já recorreu aos órgãos internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o protecionismo norte-americano, prometeu retaliação contra os aumentos de tarifas "intimidadores" e o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que eles mostraram que alguns nos EUA podem estar "perdendo a sanidade".
A decisão dos EUA virá na mesma semana em que o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, se encontrará com Wang em uma visita que visa manter as tensões EUA-China sob controle ante a eleição de novembro nos EUA que se aproxima rapidamente.