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Mídia: governo acionou STF para barrar serviço da Starlink em terra indígena

© AP Photo / IbamaRoteador Starlink, que oferece conexão de alta velocidade em locais remotos da Amazônia brasileira, localizado na Terra Indígena Yanomami. Roraima, Brasil, 14 de março de 2023
Roteador Starlink, que oferece conexão de alta velocidade em locais remotos da Amazônia brasileira, localizado na Terra Indígena Yanomami. Roraima, Brasil, 14 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 29.08.2024
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O processo julgado nesta quinta-feira (29) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que congelou as finanças da empresa provedora de Internet via satélite Starlink, do empresário e dono da plataforma X, Elon Musk, não é o único a tramitar na corte.
De acordo com a coluna da jornalista Malu Gaspar no jornal O Globo, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou em abril ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, uma ação que trata da proteção a terras indígenas, um pedido que atinge diretamente a Starlink e pelo menos outras sete empresas que prestam esse tipo de serviço na região dos ianomâmis.

"A AGU queria que Barroso desse uma liminar mandando as empresas suspenderem o acesso à Internet móvel via satélite dentro da terra indígena ianomâmi para todos os tipos de equipamentos, com exceção daqueles usados por órgãos de Estado", diz a coluna, ao afirmar que o objetivo do Executivo é combater a atuação do garimpo ilegal na terra ocupada pelos povos ianomâmis.

A matéria diz ainda que Barroso, que é relator do caso, ainda não analisou a suspensão, se limitando por ora a pedir que a Starlink e as demais empresas de Internet móvel apresentem informações sobre a localização dos pontos de comunicação por satélite daquela região. O pedido também está sob sigilo, afirma a coluna.
Antenas da Starlink têm sido apreendidas em operações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBMA).
Mais cedo o STF bloqueou as contas da Starlink por outro motivo: garantir o pagamento de multas estipuladas pelo descumprimento de decisões sobre a suspensão de perfis de investigados pela Corte na rede social X.
Em postagem publicada no X, a Starlink declarou que o entendimento de que a empresa deve ser responsabilizada é infundada e será abordada legalmente.

"A ordem é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink é responsável pelas multas aplicadas contra o X. Ela foi emitida em segredo [de Justiça] e sem dar à Starlink qualquer um dos devidos processos legais garantidos pela Constituição do Brasil. Pretendemos abordar o assunto legalmente", diz a nota da empresa, que fornece serviço de Internet para áreas rurais com contratos com órgãos públicos, como as Forças Armadas e tribunais eleitorais.

Presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, apresenta o Cybertruck no estúdio de design da Tesla, em Hawthorne. Califórnia, 21 de novembro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 29.08.2024
Notícias do Brasil
Mídia: sem representantes oficiais do X, STF bloqueia recursos de outra empresa de Musk no Brasil

STF e bloqueio da plataforma X

No fim da noite de ontem, o STF publicou intimação e estabeleceu prazo para Elon Musk e X indicarem representante legal no Brasil, sob pena de suspensão das atividades, rede social respondeu que não vai cumprir "ordem ilegal". A intimação foi feita na própria rede social. O prazo estabelecido para a indicação de um representante legal do X no Brasil foi de 24 horas.
A rede social, entretanto, não cumpriu a ordem e publicou uma nota na noite de hoje (29), às 20h14, afirmando que espera a ordem do Ministro Alexandre de Moraes para bloquear o X no Brasil e que não cumprirá "ordens ilegais".
Mais cedo, Musk fez uma publicação na qual chamou Moraes de "criminoso da pior espécie, disfarçado de juiz". Antes, o próprio Musk já havia comparado o ministro a vilões de filmes.
Em nota publicada no dia 17 de agosto, a rede social X anunciou o encerramento das atividades do escritório no Brasil, que funcionava no país desde 2012. O empresário sul-africano alegou que a decisão foi tomada por perseguições da Justiça brasileira, em especial do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Moraes emitiu decisões em que mandava a rede social bloquear perfis que vinham publicando mensagens antidemocráticas ou de ódio contra autoridades. O X, no entanto, não cumpriu a ordem da Justiça.
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