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França e Alemanha: nuvens escurecem no 'alvorecer de uma nova era da UE', analisa mídia britânica

© Foto / Twitter / ReproduçãoEmmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz
Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz - Sputnik Brasil, 1920, 31.08.2024
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Os problemas políticos e econômicos estão aumentando nos dois principais Estados do bloco à medida que o próximo ciclo de liderança de cinco anos começa em Bruxelas, relata o Financial Times (FT).
No total, 27 países pertencem ao bloco europeu, mas a maquinaria da União Europeia (UE) tende a operar de forma mais eficaz quando a França e a Alemanha agem juntas para fornecer orientação estratégica e ímpeto.
Em alguns aspectos, a transição para uma nova era em Bruxelas ocorreu sem problemas até agora — mas alguns contratempos podem estar por vir, analisa o jornal britânico.
Devemos ter em mente, escreve a mídia, que os resultados das eleições foram tudo menos tranquilizadores para Paris e Berlim. A derrota do presidente Emmanuel Macron nas mãos da direita levou ao impasse político que assola a França, agora há quase dois meses sem um novo governo.
A questão é até que ponto os riscos que cercam a eleição presidencial francesa de 2027 prejudicarão iniciativas políticas ambiciosas em Bruxelas à medida que os novos líderes da UE se estabelecem.
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Na Alemanha, todos os três partidos da coalizão governante do chanceler Olaf Scholz sofreram sérios reveses nas recentes eleições europeias. Mais problemas estão a caminho na forma de três eleições estaduais no leste da Alemanha: Saxônia e Turíngia no domingo (1º), e Brandemburgo em 22 de setembro.
Espera-se que a extrema direita faça fortes avanços, e talvez chegue em primeiro lugar, nessas disputas. Enquanto isso, os partidos da coalizão enfrentam a possibilidade humilhante de ganharem poucas ou até mesmo nenhuma cadeira nas três assembleias estaduais, escreve o FT.
Em outros aspectos, a transição da UE ainda tem alguns obstáculos a superar. O mais urgente é a composição da comissão do novo mandato de Ursula von der Leyen a frente da Comissão Europeia.
Segundo a mídia, von der Leyen solicitou que cada governo nacional apresentasse dois comissários candidatos — uma mulher e um homem — para ela escolher, a fim de montar uma nova equipe equilibrada em gênero. Mas a maioria dos Estados apresentou apenas um candidato homem. Em alguns casos, esses não são exatamente políticos da linha de frente.
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O jornal analisa que a maneira como tantos Estados-membros ignoraram o pedido "demonstra um nível sem precedentes de desrespeito dos governos da UE para com a presidente eleita", ao mesmo tempo, a política se tornou tão fragmentada e polarizada na Europa que muitos governos optaram por fazer nomeações que podem manter a paz em nível nacional, mas ao custo de não atender aos interesses mais amplos da UE.
O FT também cita a diferença de políticas e objetivos – que têm gerado protestos públicos de alguns membros – entre o bloco e o país que atualmente ocupa a presidência, a Hungria, e questiona como a UE pode conduzir uma política externa coerente e vigorosa quando um ou mais Estados-membros estão fora da linha, ou quando conflitos como a guerra Israel-Hamas dividem o bloco?

A mídia cita um trecho do livro "A Europa está chegando à maioridade" do grego Loukas Tsoukalis, lançado ano passado, no qual o autor destaca que "em um mundo onde as placas tectônicas geopolíticas estão se movendo rapidamente e as preocupações com a segurança tomam conta da eficiência econômica, em um mundo onde o revisionismo russo toma um rumo desagradável e o unilateralismo dos Estados Unidos às vezes fica feio, a UE tem tido enormes dificuldades em lidar com a realidade da política de poder".

Tsoukalis propõe uma solução, uma vez que um novo tratado da UE que remova a necessidade de unanimidade na política externa parece improvável. Em vez disso, diz Tsoukalis, "um grupo central de países precisará urgentemente se mover mais rápido em direção a uma política externa e de defesa comum".
França e Alemanha naturalmente teriam que fazer parte desse grupo central, mas, ainda assim não concordam em algumas questões importantes.
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