Cientistas detectam buraco negro 'deixando faminta' sua galáxia hospedeira até a morte
Cientistas detectam buraco negro 'deixando faminta' sua galáxia hospedeira até a morte
Sputnik Brasil
Astrônomos usaram o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA para confirmar que buracos negros supermassivos podem deixar suas galáxias hospedeiras sem... 16.09.2024, Sputnik Brasil
Em recente pesquisa publicada na Nature Astronomy, a equipe internacional, coliderada pela Universidade de Cambridge, usou o James Webb para observar uma galáxia aproximadamente do tamanho da Via Láctea no início do Universo, cerca de dois bilhões de anos após o Big Bang, embora essa galáxia esteja essencialmente "morta", ou seja, parou de formar novas estrelas. Essa galáxia, oficialmente chamada de GS-10578, mas apelidada de "Galáxia de Pablo" em homenagem ao astrônomo que decidiu observá-la em detalhes, é massiva para um período tão inicial no Universo. De acordo com os dados obtidos pela equipe, sua massa total é cerca de 200 bilhões de vezes a massa do nosso Sol, e a maioria de suas estrelas se formou entre 12,5 e 11,5 bilhões de anos atrás. Usando o telescópio, os pesquisadores detectaram que essa galáxia está expelindo grandes quantidades de gás a velocidades de cerca de 1.000 quilômetros por segundo, o que é rápido o suficiente para escapar da atração gravitacional da galáxia. Esses ventos rápidos estão sendo "empurrados" para fora da galáxia pelo buraco negro. Como outras galáxias com buracos negros em acreção, a "Galáxia de Pablo" tem ventos rápidos de gás quente, mas essas nuvens de gás são tênues e têm pouca massa. Embora modelos teóricos anteriores tenham previsto que buracos negros tinham esse efeito em galáxias, antes de Webb, não era possível detectar esse efeito diretamente.
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Cientistas detectam buraco negro 'deixando faminta' sua galáxia hospedeira até a morte
CC BY-SA 4.0 / University of Cambridge/Francesco D'Eugenio / GS-10578 (cropped image)Astrônomos usaram o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA para confirmar que buracos negros supermassivos podem privar suas galáxias hospedeiras do combustível de que precisam para formar novas estrelas
Astrônomos usaram o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA para confirmar que buracos negros supermassivos podem deixar suas galáxias hospedeiras sem combustível necessário para formar novas estrelas.
Em recente pesquisa publicada na Nature Astronomy, a equipe internacional, coliderada pela Universidade de Cambridge, usou o James Webb para observar uma galáxia aproximadamente do tamanho da Via Láctea no início do Universo, cerca de dois bilhões de anos após o Big Bang, embora essa galáxia esteja essencialmente "morta", ou seja, parou de formar novas estrelas.
"Com base em observações anteriores, sabíamos que essa galáxia estava em um estado extinto: ela não está formando muitas estrelas devido ao seu tamanho, e esperamos que haja uma ligação entre o buraco negro e o fim da formação de estrelas", disse o coautor principal dr. Francesco D'Eugenio do Instituto Kavli de Cosmologia de Cambridge. "No entanto, até Webb, não fomos capazes de estudar essa galáxia em detalhes suficientes para confirmar essa ligação, e não sabíamos se esse estado extinto é temporário ou permanente."
Essa galáxia, oficialmente chamada de GS-10578, mas apelidada de "Galáxia de Pablo" em homenagem ao astrônomo que decidiu observá-la em detalhes, é massiva para um período tão inicial no Universo. De acordo com os dados obtidos pela equipe, sua massa total é cerca de 200 bilhões de vezes a massa do nosso Sol, e a maioria de suas estrelas se formou entre 12,5 e 11,5 bilhões de anos atrás.
Usando o telescópio, os pesquisadores detectaram que essa galáxia está expelindo grandes quantidades de gás a velocidades de cerca de 1.000 quilômetros por segundo, o que é rápido o suficiente para escapar da atração gravitacional da galáxia. Esses ventos rápidos estão sendo "empurrados" para fora da galáxia pelo buraco negro.
Como outras galáxias com buracos negros em acreção, a "Galáxia de Pablo" tem ventos rápidos de gás quente, mas essas nuvens de gás são tênues e têm pouca massa.
"Nós encontramos o culpado", disse D'Eugenio se referindo ao fenômeno. "O buraco negro está matando esta galáxia e mantendo-a dormente, cortando a fonte de 'alimento' que a galáxia precisa para formar novas estrelas."
Embora modelos teóricos anteriores tenham previsto que buracos negros tinham esse efeito em galáxias, antes de Webb, não era possível detectar esse efeito diretamente.
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