Ministro: toda a Europa negocia com a Rússia, mas apenas a Hungria o faz abertamente
16:57 20.09.2024 (atualizado: 17:58 20.09.2024)
© AP Photo / Denes ErdosGuardas de honra húngaros içam a bandeira nacional em frente ao edifício do Parlamento, em Budapeste. Hungria, 15 de março de 2023
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Declaração é do ministro das Relações Exteriores e Comércio Exterior da Hungria, Péter Szijjártó, que lembrou que os países tentam contornar as sanções impostas contra a Rússia por suas próprias nações.
"As sanções contra a Rússia não estão funcionando porque uma parte significativa das empresas europeias encontra maneiras de contornar as restrições e, de alguma forma, manter a cooperação econômica. Gostaria de enfatizar: toda a Europa negocia com a Rússia. Alguns negam isso, mas nós não temos essa necessidade. A diferença é que discutimos essa questão de forma honesta e aberta", disse Szijjártó após a reunião da 15ª comissão intergovernamental russo-húngara sobre questões econômicas.
Ao se dirigir aos representantes de companhias húngaras no fórum de negócios, Szijjártó destacou que nunca terão que negar que estão em busca de parceiros econômicos russos, pois o assunto não é um tabu na Hungria.
Como prova do contorno massivo das sanções por parte das empresas europeias, Szijjártó citou o aumento acentuado da importação de energia russa para a Índia e da exportação para países da União Europeia.
O ministro também afirmou que a Europa Ocidental se orgulha de ter renunciado ao petróleo russo, mas na prática continua a comprá-lo por meio de outros países, como a Índia. Segundo ele, isso prova que as sanções europeias contra a Rússia não funcionam bem.
Moscou já declarou que o Ocidente cometeu um erro sério ao se recusar a comprar energia russa e acabará em uma nova e mais forte dependência, devido aos preços mais altos. Além disso, lembrou que aqueles que se recusaram a seguir com os negócios com o país ainda compram por intermediários e acabam pagando mais caro por petróleo e gás.