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Crise sociopolítica: Conselho de Segurança da ONU aprova missão no Haiti até outubro de 2025

© AP Photo / Alexandre MeneghiniSoldados brasileiros da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) patrulham a favela de Cité Soleil, em Porto Príncipe, no Haiti, em 21 de março de 2011
Soldados brasileiros da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) patrulham a favela de Cité Soleil, em Porto Príncipe, no Haiti, em 21 de março de 2011 - Sputnik Brasil, 1920, 30.09.2024
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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira (30) uma resolução que autoriza prorrogar a Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MSS, na sigla em inglês) no Haiti até outubro de 2025. No ano passado, o Brasil chegou a rejeitar o pedido para liderar a ação no país para combater o crime organizado.
"O Conselho de Segurança decide prorrogar o mandato atual da missão MSS, autorizado na resolução 2699 (2023), até outubro de 2025, e reitera o apelo ao Haiti e aos dirigentes da missão para que informem periodicamente ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral (António Guterres) sobre os progressos do desdobramento", diz a resolução.
Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU votaram a favor da resolução, que foi apresentada por Estados Unidos e Equador.
O Conselho de Segurança da ONU também incentivou a missão a acelerar seu desdobramento.
Em junho, o primeiro-ministro haitiano, Garry Conille, deu as boas-vindas a um contingente de 400 funcionários quenianos que chegaram a Porto Príncipe para colaborar com a segurança pública, marcando o início da MSS no país.
O Haiti está há anos mergulhado em uma crise sociopolítica, que se agravou em julho de 2021, com o assassinato do então presidente, Jovenel Moise.
O país enfrenta um aumento sem precedentes nas atividades de grupos criminosos dedicados a extorsão e sequestro por resgate, que controlam todas as áreas do país, além da ingerência estrangeira.
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Após a renúncia do primeiro-ministro Ariel Henry, em abril, quando o político precisou fugir de Porto Príncipe por conta da escalada da violência, foi criado o Conselho de Transição Presidencial, apoiado pela Comunidade do Caribe (Caricom), para superar a crise no país.
Em março, grupos armados invadiram duas prisões em Porto Príncipe, libertaram mais de 3 mil presos e mataram guardas e policiais. Em contrapartida, o governo do Haiti declarou estado de emergência no país.
Relatório divulgado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), da ONU, mostrou ainda que quase 100 mil pessoas fugiram da região metropolitana de Porto Príncipe em março, devido aos ataques das gangues que controlam a capital do país.
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