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Queimadas no Brasil: registros em setembro já são 30% maiores que a média histórica do mês

© Marcelo Camargo/Agência BrasilEsplanada dos ministérios tomada por fumaça dos incêndios florestais durante o amanhecer. Brasília, 25 de agosto de 2024
Esplanada dos ministérios tomada por fumaça dos incêndios florestais durante o amanhecer. Brasília, 25 de agosto de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 30.09.2024
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Com mais de 80 mil focos de incêndio contabilizados em todo o país, o mês de setembro registrou um índice 30% maior que a média histórica desde 1998, apontam dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento dos índices neste mês é de mais de 311% — em 2023, foram mais de 18 mil focos de incêndios.
Os dados apontam ainda que houve aumento de registros em todas as regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, cujos estados com maiores altas foram: Mato Grosso do Sul, com 11.990 focos (alta de 601%); Distrito Federal, com 318 casos (alta de 269%); e Mato Grosso, com 45 mil (aumento de 217%). Além disso, o último é o estado brasileiro líder em queimadas em todo o Brasil.
Só o Mato Grosso concentrou 23,8% dos incêndios em setembro no Brasil, seguido pelo Pará, com 21,2% de todos os registros.
O ranking de altas é completado por outros dois estados do Sudeste com grandes altas: São Paulo, que registrou 7.855 focos ativos (alta de 428%) e Rio de Janeiro, que teve mais de mil casos (aumento de 184%).
Historicamente, o Brasil registrou mais de 300 mil focos de incêndio em seis anos desde 1998. Foram eles 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010. Até o momento, 2024 já ultrapassou mais de 208 mil focos e caminha para também superar essa marca, segundo os dados do Inpe.
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18 anos de prisão para responsáveis por incêndios

Diante dos registros recorde de incêndios florestais em várias partes do país e da suspeita de que muitos foram criminosos, o governo federal passou a defender mudanças na legislação para reduzir as ocorrências no Brasil. Na última semana, o Ministério da Justiça e Segurança Pública apresentou sugestão à Casa Civil do projeto de lei que aumenta a pena para quem provoca incêndios florestais no Brasil.
Conforme a proposta, a pena máxima de prisão nesses casos chegaria a até 18 anos. Além disso, o projeto prevê quatro agravantes para o crime: expor perigo à saúde pública ou vida coletiva, ser praticado por duas ou mais pessoas, finalidade de obter vantagem financeira e atingir unidades de preservação ambiental. O projeto também inclui quem explorar economicamente terras públicas incendiadas, prática comum em várias partes do país.
Dados do Monitor do Fogo divulgados pelo MapBiomas mostram que desde janeiro já foram destruídos quase 12 milhões de hectares pelos incêndios, número que é dobro de todo o registrado em 2023. A área ainda corresponde ao tamanho da Paraíba.
O governo federal se comprometeu também a liberar mais recursos para o combate às queimadas e a aquisição de equipamentos, a fim de ajudar os estados a enfrentarem uma das piores estiagens em décadas no país. Além dos R$ 514 milhões de crédito extraordinário já liberados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criará uma linha de crédito destinada à compra de viaturas e equipamentos para os bombeiros.
Mais de 11 milhões de pessoas já foram afetadas diretamente pela onda de incêndios que afeta o Brasil desde o início do ano em meio a uma seca histórica. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento dos casos é alarmante: em 2023 foram somente 3,8 mil pessoas afetadas e 23 municípios em situação de emergência. Já os prejuízos econômicos com as queimadas chegaram a R$ 1,1 bilhão.
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