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Assange: acordo judicial com EUA exigiu do ativista não acionar tribunal de direitos humanos da UE
Assange: acordo judicial com EUA exigiu do ativista não acionar tribunal de direitos humanos da UE
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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta terça-feira (1º) que uma das condições de seu acordo judicial com os Estados Unidos seria não poder entrar... 01.10.2024, Sputnik Brasil
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O jornalista prestou testemunho diante da Comissão de Assuntos Jurídicos da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE, na sigla em inglês), em Estrasburgo.Assange argumentou que todos os mecanismos de defesa legal se mostraram ineficazes e existiam apenas no papel. Ele defendeu ainda que a repressão transnacional não pode se tornar norma e alertou que os direitos de jornalistas e editores no espaço europeu estão seriamente ameaçados. Assange foi transferido para a prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, em abril de 2019, por violação de fiança.Nos EUA, foi processado com base na Lei de Espionagem por obter e divulgar informações confidenciais que expõem crimes de guerra e violações dos direitos humanos cometidas por tropas dos EUA no Iraque e no Afeganistão.Os Estados Unidos acusaram Assange anteriormente de 18 crimes e, caso ele fosse condenado por todos, poderia ter enfrentado até 175 anos de prisão.O WikiLeaks foi fundado em 4 de outubro de 2006, mas ganhou destaque em 2010, quando começou a publicar vazamentos em grande escala de informações governamentais classificadas, especialmente dos EUA.
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Assange: acordo judicial com EUA exigiu do ativista não acionar tribunal de direitos humanos da UE
18:50 01.10.2024 (atualizado: 19:50 01.10.2024) O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta terça-feira (1º) que uma das condições de seu acordo judicial com os Estados Unidos seria não poder entrar com um processo no Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) para contestar o veredito.
O jornalista prestou testemunho diante da Comissão de Assuntos Jurídicos da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE, na sigla em inglês), em Estrasburgo.
"Acabei escolhendo a liberdade em vez de uma justiça irrealizável, após anos de detenção e enfrentando uma sentença de 175 anos sem um recurso efetivo", declarou Assange. "A justiça para mim agora está excluída, pois o governo dos EUA insistiu, por escrito em seu acordo, que não posso entrar com uma ação no Tribunal Europeu de Direitos Humanos ou até mesmo solicitar informações sob a Lei de Liberdade de Informação sobre o que foi feito a mim em decorrência do seu pedido de extradição."
"Eu me declarei culpado de buscar informações de uma fonte, de obter informações, de informar o público sobre o que essas informações eram. Não me declarei culpado de mais nada", afirmou Assange, observando que "é difícil não traçar uma linha entre a perseguição do governo dos Estados Unidos contra mim e o clima hostil à liberdade de expressão que existe agora."
Assange argumentou que todos os mecanismos de defesa legal se mostraram ineficazes e existiam apenas no papel. Ele defendeu ainda que a repressão transnacional não pode se tornar norma e alertou que os direitos de jornalistas e editores no espaço europeu estão seriamente ameaçados.
"O governo dos EUA assumiu uma nova e perigosa posição legal global: apenas cidadãos dos Estados Unidos têm direitos de liberdade de expressão. Europeus e outros não têm", afirmou.
Assange foi transferido para a prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, em abril de 2019, por violação de fiança.
Nos EUA, foi processado
com base na Lei de Espionagem por obter e divulgar informações confidenciais que expõem crimes de guerra e
violações dos direitos humanos cometidas por
tropas dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
Os Estados Unidos acusaram Assange anteriormente de 18 crimes e, caso ele fosse condenado por todos, poderia ter enfrentado até 175 anos de prisão.
O WikiLeaks foi fundado em 4 de outubro de 2006, mas ganhou destaque em 2010, quando começou a publicar vazamentos em grande escala de informações governamentais classificadas, especialmente dos EUA.
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