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Rússia condiciona o diálogo sobre armas nucleares à renúncia dos EUA à sua linha antirrussa

© Sputnik / Natalia SeliverstovaO palácio do Kremlin no centro de Moscou
O palácio do Kremlin no centro de Moscou - Sputnik Brasil, 1920, 17.10.2024
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Qualquer diálogo com os Estados Unidos sobre arsenais nucleares só será possível depois de a Casa Branca pôr termo à sua política antirrussa, assegurou o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov.

"Qualquer diálogo sobre estabilidade estratégica e questões relacionadas com o que seria esperado depois de 2026, quando o Tratado Novo START expirar, qualquer raciocínio, mesmo abstrato, sobre este assunto só será possível depois de vermos uma mudança real na política quando os norte-americanos começarem a desistir da sua obsessão anti-Rússia com a qual toda a sua política externa está permeada", relatou Ryabkov em uma aparição na imprensa russa.

O tratado de armas nucleares START III é atualmente o único acordo de controle de armas que liga a Rússia e os Estados Unidos, depois de Washington ter quebrado o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) sobre mísseis de médio e curto alcance em 2 de agosto de 2019.
O pacto nuclear, que expira em fevereiro de 2026, limita os arsenais das duas potências a um máximo de 700 mísseis implantados, 1.550 ogivas nucleares e 800 vetores, implantados e em reserva.
Referindo-se às recentes declarações do presidente dos EUA, Joe Biden, de que o seu governo estava disposto a manter negociações sobre armas nucleares sem condições, Ryabkov chamou estas declarações de uma tentativa de "enganar" a comunidade mundial.
O presidente Joe Biden se reúne com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, e o secretário de Estado, Antony Blinken, na cúpula de líderes do Quad em Delaware, 21 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 14.10.2024
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Moscou interrompeu a sua participação no tratado START III em fevereiro de 2023 para avaliar as armas nucleares dos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) dos Estados Unidos com este tipo de armas, como a França e o Reino Unido, que estão fora de qualquer escrutínio.
A França e o Reino Unido juntos teriam mais de 500 ogivas nucleares, segundo estimativas do Instituto Internacional de Estudos para a Paz (SIPRI). A Casa Branca também tem as suas armas nucleares espalhadas pelos territórios de vários países europeus, a saber Alemanha, Bélgica, Países Baixos, Itália e outros, segundo diversas fontes midiáticas.
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