- Sputnik Brasil, 1920
Panorama internacional
Notícias sobre eventos de todo o mundo. Siga informado sobre tudo o que se passa em diferentes regiões do planeta.

Amorim diz que Brasil busca 'maior sinergia com a China', mas 'não deve aderir' ao Cinturão e Rota

© Sputnik / Twitter / ReproduçãoCelso Amorim
Celso Amorim - Sputnik Brasil, 1920, 28.10.2024
Nos siga no
Há alguns meses, vem sendo ventilado na mídia que o Brasil pode aderir à Iniciativa Cinturão e Rota na visita do presidente Xi Jinping ao país no dia 20 de novembro para cúpula do G20. No entanto, o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, disse que Brasília não deve assinar a iniciativa.
Em entrevista ao jornal O Globo, Amorim falou que o Brasil quer elevar a relação com a China a um novo patamar, sem que para isso precise assinar um "contrato de adesão".

Indagado pela mídia sobre a assinatura, o ex-chanceler afirmou que "a palavra-chave é sinergia. Não é assinar embaixo, como uma apólice de seguro. Não estamos entrando em um tratado de adesão. É uma negociação de sinergias", afirmou.

O programa trilionário de investimentos chineses, que existe há mais de uma década e conta com a assinatura de 150 países em desenvolvimento, vem sendo dialogado com o governo brasileiro há um tempo.

"Eles [os chineses] falam sobre Cinturão, mas não é uma questão de aderir. Eles dão os nomes que eles quiserem para o lado deles, mas o que interessa é que são projetos que o Brasil definiu e que serão aceitos ou não", completou Amorim.

A mídia relata que o diplomata participou de uma missão à China, na semana passada, com o objetivo de conversar sobre a visita de Estado de Xi Jinping ao Brasil.
Bandeiras do Brasil e da China lado a lado - Sputnik Brasil, 1920, 26.07.2024
Notícias do Brasil
China quer alinhar Iniciativa Cinturão e Rota com estratégia de 'neoindustrialização' do Brasil
Ainda segundo Amorim, os projetos que estão em estudo entre os dois países poderão ser estendidos para outras nações sul-americanas. A expectativa é de que o país asiático ofereça oportunidades não apenas em infraestrutura, mas também em outras áreas, que vão de energia solar a carros híbridos ou elétricos.
"A ideia é passar para outro patamar e isso faz parte de uma visão do Brasil, de ter suas relações diversificadas e não ficar dependendo de um único fornecedor, ou um único parceiro. A parceria não é só comprar e vender, mas investir com insumos feitos no Brasil, por exemplo", afirmou.
Os Estados Unidos sinalizaram na semana passada que eram contra a assinatura entre Brasília e Pequim. A representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, afirmou que o Brasil deveria ter cautela com a possível adesão.
A declaração irritou Pequim que, nesta sexta-feira (25), uma porta-voz da Embaixada da China em Brasília divulgou uma nota dizendo que a recomendação "carece de respeito ao Brasil" e que "o país é soberano" nas suas escolhas, conforme noticiado.
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала