Irã chama a implantação de bombardeiros B-52 dos EUA na região de 'desestabilizadora'
© Sputnik / Maksim Blinov / Acessar o banco de imagensA bandeira nacional iraniana hasteada à meio mastro na Embaixada do Irã em Moscou, Rússia, depois que um helicóptero que transportava o presidente iraniano Ebrahim Raisi, o ministro das Relações Exteriores Hossein Amirabdollahian e seus companheiros caiu no noroeste do Irã, 20 de maio de 2024
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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, criticou o que chamou de "presença desestabilizadora" dos Estados Unidos após o envio de bombardeiros B-52 para a região, informou a mídia local.
"Sempre acreditamos que a presença dos EUA na região é uma presença desestabilizadora", disse Baghaei em uma coletiva de imprensa em resposta a uma pergunta sobre o destacamento, acrescentando que "não impedirá a determinação [do Irã] de se defender", segundo a Al Arabiya.
O Exército dos EUA anunciou o envio de bombardeiros B-52 para o Oriente Médio como um aviso ao Irã, que prometeu responder aos ataques israelenses contra as suas instalações militares no dia 26 de outubro.
O ataque de Israel foi uma retaliação a um ataque de quase 200 mísseis balísticos do Irã no dia 1º de outubro, e por sua vez uma retaliação pelo assassinato de líderes da organização libanesa Hezbollah, apoiada pelo Irã, e de um comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
Pelo menos quatro soldados foram mortos nos ataques, que também causaram "danos limitados" a alguns sistemas de radar, disseram autoridades na época. A mídia iraniana também informou que um civil foi morto.
Baghaei informou que a resposta do Irã seria "definitiva e decisiva". Israel afirmou que o seu ataque de 26 de outubro teve como alvo as capacidades de defesa e a produção de mísseis do Irã, mas Teerã sublinhou que a sua produção de mísseis foi deixada intacta.
Além disso, nesta segunda-feira (4), o presidente iraniano Masud Pezeshkian, garantiu que o país tinha mísseis, para que Israel "não ousasse nos atacar".