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Governo estima investir R$ 3,2 trilhões no ramo de energia em 10 anos

© Divulgação/Ari Versiani/PAC/Agência BrasilUsina de Energia Eólica (UEE) em Icaraí (CE)
Usina de Energia Eólica (UEE) em Icaraí (CE) - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2024
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O governo federal prevê gastar cerca de R$ 3,2 trilhões em dez anos no setor de energia, de acordo com o caderno de consolidação dos resultados do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, publicado nesta quinta-feira (7) pelo Ministério de Minas e Energia e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A indústria de petróleo e gás natural concentra mais de 78% dos investimentos. A Oferta Interna de Energia (OIE) da matriz deve crescer a uma taxa média de 2,2% ao ano, alcançando 394,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep) em 2034, unidade usada para medir o conteúdo energético de diferentes combustíveis e compará-los com o de um petróleo-padrão.
A publicação ainda destaca o aumento na disponibilidade de energia por habitante no Brasil, com a OIE per capita passando de 1,45 tep por habitante para 1,72 tep por habitante no período de 2024 a 2034. O valor ainda é inferior à média mundial de 2019: 1,87 tep por habitante.
Este é o último caderno antes da abertura da consulta pública do plano, que será assinada pelo ministro Alexandre Silveira nesta sexta-feira (8).
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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Com a meta de alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 da Organização das Nações Unidas (ONU), que visa garantir energia limpa e acessível até 2030, a participação de energias renováveis na matriz energética nacional deve permanecer próxima de 50% ao longo de todo o horizonte projetado.
Ainda segundo o caderno, o Brasil continuará com a predominância da geração elétrica a partir de fontes renováveis, como hidrelétrica, biomassa, eólica e solar, atingindo um nível médio de renovabilidade de 86,1% ao final do horizonte decenal.
A participação da autoprodução e da geração distribuída na geração de eletricidade crescerá de 15% em 2024 para 17% em 2034, com destaque para as maiores contribuições da biomassa (biogás, bagaço de cana, lixívia e lenha) e da energia solar.
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